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Homem viaja 2,5 mil km só para adotar cão com patas amputadas

Foto: Reprodução

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São Paulo| Marvin tirou a sorte grande. Após ser atropelado e ficar paraplégico, ele encontrou um lar depois de longos três anos de espera. O cachorro foi vítima de um acidente na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), em São Paulo, em 23 de julho de 2017, e sua adoção aconteceu em 25 de janeiro deste ano, quando o agente de viagens Everton Holanda viajou de Mossoró (RN) até São Paulo para adotar Marvin.

O cachorro, que tem sete anos, foi resgatado pela ONG Cão Sem Dono e, na época, recebeu tratamento veterinário. O atropelamento mutilou suas duas patas traseiras, tendo feito uma delas “esfarelar”. Desde que se recuperou, ele aguardava por um lar, mas não encontrava ninguém disposto a mudar sua vida. Até Everton saber da sua história e decidir enfrentar uma viagem de 2,5 mil quilômetros para trazer o animal para casa.

Para adotar o cão, Everton viajou até Fortaleza, dormiu uma noite na capital cearense, buscou o animal e, na manhã seguinte voltou para Mossoró. “Eu realmente só fui buscá-lo. Fui e voltei no mesmo dia”, disse.

O agente de viagens soube da história de Marvin após começar a fazer pesquisas nas redes sociais sobre cães da raça pit bull. O interesse dele teve início depois que seu filho trouxe um filhote da raça, há pouco mais de um ano, para casa. “Eu comecei a pesquisar sobre a raça, que não é nada daquilo que falam. Fui adicionando páginas e me era sugerido páginas de ONGs. Até que eu cheguei a história de Marvin”, explicou.

Ele viu um vídeo do resgate do cão e acompanhou imagens que mostravam a recuperação dele. Comoveu-se e decidiu adotá-lo. “Sempre escreviam: ‘Eu sou o Marvin e meu sobrenome é superação’. Então resolvi colocar realmente o sobrenome de Superação”, relatou.

“Eu sempre via as pessoas falando nos comentários que se morassem perto iriam adotá-lo, mas nunca ninguém adotava. Então decidi fazer isso”, completou.

Desde que foi vítima do acidente, o cachorro tem uma vida adaptada. Ele toma uma medicação da qual precisará durante toda a vida e se move apenas com as patas dianteiras.

O atropelamento fez com que a coluna do animal se rompesse. Os nervos da bexiga também foram afetados e, por isso, Marvin não controla a urina.

Como muitas pessoas criticaram o fato da ONG ter doado o cão para uma pessoa que mora longe da entidade, impedindo assim que visitas para verificar a condição do animal sejam feitas, Everton decidiu criar um perfil nas redes sociais para mostrar a rotina de Marvin.

“Eu decidi fazer um diário para que essas pessoas pudessem acompanhar o dia a dia dele”, disse. A página já conta com mais de 5 mil seguidores.

Expressoam:

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