Brasília – A notícia apareceu nas redes sociais e em diversos sites e blogs no dia 07 de abril de 2017 e rapidamente se tornou um dos assuntos mais comentados na web.
De acordo com o texto, um projeto de lei prevê 15% de vagas em concursos públicos para homossexuais.
A reportagem afirma que homossexuais terão cota em concursos públicos.
Confira um trecho da reportagem.
Mais um projeto de lei do Congresso Nacional está causando polêmica na comunidade evangélica brasileira. O projeto que prevê cotas de 15% para homossexuais e transexuais em concursos públicos federais é alvo de severas críticas da bancada evangélica, mas dificilmente será barrado antes da aprovação. Depois de ser aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) seguirá para votação em abril e já conta com o apoio de 254 deputados federais. Projeto de autoria do deputado Marquinhos Freire (PT – BA) não foi tão bem recebido pela comunidade LGBT, pois ele só contempla com as cotas homossexuais e transexuais. A Federação Brasileira dos Bissexuais exige que a lei abrace também esta orientação que é vítima de preconceito dobrado. Outra queixa é que as cotas são de apenas 15%, segundo o movimento LGBT o justo seria pelo menos 25% das vagas.
Será que essa notícia é real?
De acordo com o Boatos.org a história tem enganado muita gente online (dado o número de compartilhamentos que tem rolado nas redes sociais). Porém, a informação da lei é falsa.
E assim como nos outros casos de “leis balelas”, não foi muito difícil de desmentir. O primeiro e preponderante ponto é a fonte da informação. Apesar de ter rolado na internet por muitos lugares, o site que publicou o conteúdo foi o Enfu. Este blog de humor já é conhecido aqui no pela categoria “Shownarlismo”, em que publica informações falsas.
Se você pesquisar o nome do tal deputado, vai notar que ele não existe. Olhando o site da Câmara, tentamos ver se achamos alguma informação sobre “cotas para homossexuais” ou “cotas para gays”. Como você pode imaginar, não encontramos nada. Nem lei e nem projeto Sendo assim, podemos afirmar que tudo isso não passa de mais uma mentira, uma e-farsa criada em cima de um assunto que está em evidência na rede.
Se formos analisar essa “reportagem”, podemos notar que ela possui várias características de um hoax, como por exemplo, a falta de fontes e as inúmeras incoerências ao longo do texto.