Manaus – Os advogados que cuidam da defesa do delegado Gustavo Sotero, que foi preso sob a acusação de matar com quatro tiros o advogado Wilson Lima Justo Filho e ferir outras três pessoas na madrugada do dia 25 de novembro, nas dependências do Porão do Alemão. Solicitaram a exumação do corpo de Wilson Lima Justo Filho, para que possa ser realizado um exame toxicológico.
A intenção da defesa é verifica se o advogado tinha consumido algum tipo de substância ilícita antes de ser morto. Segundo a advoga de Sotero, Camem Romero, não acha normal o fato da vítima ter reagido após ser baleada tentar desarmar o delegado. Porque segundo ela alguns tipos de entorpecente, causam esse tipo de comportamento.
“A finalidade do exame não é macular a imagem da vítima, mas esclarecer a motivação real do crime”, disse a advogada.
Ainda conforme a advogada, a finalidade do pedido de exumação não é denegrir a imagem da vítima, mas esclarecer o caso. A defesa de Sotero pediu ainda que seja realizada a reconstituição do crime, tomando como precedente a filmagem, e a conduta dos envolvidos no ocorrido.
Recentemente o Ministério Público do Estado (MP-AM) ofereceu denúncia à justiça, contra o delegado, acusado de homicídio triplamente qualificado pelo assassinato do advogado Wilson Justo Filho, e além das três vítimas que sobreviveram Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira, esposa de Wilson, Iuri José Paiva Dácio de Souza e Maurício Carvalho Rocha.
Ao todo 11 testemunhas foram intimadas no processo que está previsto para ser julgado, no dia 14 de junho. Ainda segundo o MP, o delegado deve ser condenado por homicídio qualificado pelo fato do crime ter sido cometido por motivo fútil, perigo comum e recurso que dificultou a defesa do ofendido.
Sotero continua detido na Delegacia Geral de Polícia Civil desde a madrugada do dia 25 de novembro, quando efetuou diversos disparos dentro do Porão do Alemão.