Manaus – “Nós sabemos que perdemos nossa liberdade porque estamos pagando pelos nossos crimes, mas também somos seres humanos e não é preciso tratar a gente como animais selvagens”, afirma um dos detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj, em Manaus.
Esposas, mães e irmãs de detentos da unidade prisional denunciam as agressões durante processo de revista interna realizado no último dia 12. De acordo com familiares os presos afirmam que são vítimas de torturas praticadas por agentes penitenciários e policiais militares e pedem ajuda da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AM.
Os internos teriam relatado estas condições durante a visita dos familiares além disso eles alegam que no dia 18 e 19 de abril também ocorreram novas agressões dentro do Compaj.
As denúncias confirmam o teor do documento da OAB, que foi apresentado durante reunião ao desembargador Sabino da Silva Marques. Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AM, Epitácio da Silva Almeida, as denúncia de agressão foram enviadas ao magistrado desde o mês de janeiro, e até o presente momento não foi analisado.” Queremos a devida apuração das denúncias pra que isso não se repita e que que os agressores sejam devidamente identificados punidos”, informou Epitácio.
Em nota a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que está investigando as denúncias que ocorreram dentro regime fechado do Compaj. Além disso o secretário da Seap, coronel Cleitman Coelho, prestou hoje (21) esclarecimento ao desembargador Sabino Marques sobre as possíveis agressões ocorridas dentro do complexo penal.
A Seap informa que todas as revistas realizadas na unidade prisional são realizadas pelo órgão em parceria com a Polícia Militar do Amazonas