Curitiba – O delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Fábio Amaro, disse, que um casal emprestou, inocentemente, o celular para que os dois suspeitos de matar um motorista da Uber na Região de Curitiba solicitassem uma corrida pelo aplicativo. As informações são do G1.
O casal chegou a ficar cinco dias preso até que a polícia chegasse aos verdadeiros suspeitos, que confessaram o crime e afirmaram estar arrependidos em depoimento.
O corpo do motorista Valmir Nichel, de 59 anos, foi encontrado no dia 13 de maio, no Rio Iguaçu, em São José dos Pinhais, na Região de Curitiba. Os suspeitos contaram à polícia que o jogaram vivo da ponte.
Já o carro dele foi achado incendiado um dia antes, no bairro Alto Boqueirão, na capital.
“Tivemos a contribuição da empresa de aplicativo de celular, que nos passou as últimas chamadas do motorista. A última chamada foi justamente no local onde ele foi encontrado morto. Rastreamos essa chamada e descobrimos os nomes das pessoas que solicitaram a corrida”, explicou Amaro.
Foi, então, que a polícia chegou até o casal e soube do empréstimo do celular. O delegado falou que eles cederam o aparelho sem desconfiar do plano dos suspeitos.
Ainda de acordo com o delegado, o casal emprestou o celular porque já tinha morado perto de um dos suspeitos e o conhecia. Para Amaro, se o casal não tivesse apontado o nome e o sobrenome dele, provavelmente, estaria preso até agora.
As prisões
Um dos suspeitos de matar o motorista foi detido no sábado (26) e o outro, na quinta-feira (31). Ambos estavam drogados no dia do crime, segundo a polícia.
A investigação concluiu ainda que a dupla tentou contra a vida de outras duas vítimas no mesmo dia do assassinato de Valmir – um taxista e outro motorista de aplicativo. Um deles também foi jogado da mesma ponte e sobreviveu, de acordo com o delegado.
“[Os suspeitos] foram indiciados por latrocínio consumado, contra o Valmir; [por latrocínio] tentado, contra o motorista de táxi; e por roubo qualificado contra o outro motorista do aplicativo”, disse.
Se condenados, a dupla pode pegar penas superiores a 30 anos de prisão.