Curitiba – Depois de ficar conhecida por ser flagrada dirigindo embriagada e tentando fumar uma nota de R$50 durante a abordagem policial, em 2012, no Espírito Santo, a advogada Luiza Gomes, de 24 anos, foi aprovada em um concurso para delegada da Polícia Civil no Pará. O resultado foi divulgado no Diário Oficial do Estado do Pará desta terça-feira (27). As informações são do G1.
Nesta terça-feira (27), o G1 procurou Luiza, mas as ligações não foram atendidas e as mensagens não foram respondidas. A advogada também foi procurada pelo Gazeta Online. Ela atendeu ao telefone, mas não quis dar entrevista. Veja o nome de Luiza Gomes no DO do Pará:
Episódio da “eficácia”
A jovem foi multada na manhã do dia 17 de agosto de 2012, após ser flagrada pela polícia sem carteira de habilitação e visivelmente embriagada. Na ocasião, Luiza disse ser conhecedora das leis e que sempre encontrava brechas para casos como o dela. “Essa questão de beber e dirigir, qual a eficácia da lei? Não existe eficácia. A partir do momento que a gente vê que tem alguma brecha, a gente se aproveita daquilo. Nós, estudantes de direito, tentamos nos aproveitar disso”, disse, à época.
Durante quatro meses, Luiza prestou serviço à comunidade, no Hospital da Polícia Militar, em Vitória. Após o término do processo judicial, em 2014, ela foi considerada apta a tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A mãe de Luiza, que emprestou o veículo à jovem, teve que pagar R$ 400 em cestas básicas para a Associação Feminina de Combate ao Câncer (Afecc), durante 30 dias.
Início da virada
Em 2015, durante um evento de MMA, onde foi cage girl, Luiza comentou o caso. “Claro que uma pessoa ou outra lembra, e isso eu vou ter que enfrentar por muito tempo, talvez até para o resto da minha vida, mas o que importa é a gente aprender com os nossos erros e seguir em frente, não pode, por conta de um episódio que aconteceu, ficar naquilo pra sempre”, disse a jovem que fazia fisiculturismo nesta época.
“É uma coisa que eu quero deixar para trás, foi um momento muito difícil”, disse Luiza, em 2015, ao G1.