O peruano Diego García-Sayán, relator especial da ONU sobre a independência dos magistrados e advogados, acusou Duterte de “travar um ataque brutal” contra o poder judiciário mediante suas ações Maria Lourdes Sereno.
Os juízes da Suprema Corte das Filipinas votaram em maio a destituição de sua presidente, voz crítica da violenta campanha contra as drogas orquestrada pelo polêmico chefe de Estado.
“Digam a ele (Diego García-Sayán) para não se meter nos assuntos de meu país. Ele pode ir para o inferno”, declarou, enfatizando não ter nada a ver com a destituição da presidente da Suprema Corte.
Sereno, a primeira mulher a presidir a Suprema Corte, figura entre as personalidades do arquipélago que sofreram represália por criticar o presidente.
Ela é acusada de não ter declarado seus bens à receita e de ter falsificado decisões do tribunal.
Em 2017, Duterte já se indispôs com outra especialista da ONU, que ameaçou dar um tapa na cara da francesa Agnès Callamard, enviada especial da ONU para as execuções sumárias ou arbitrárias.