Segundo o presidente, ele pediu que o apelo fosse transmitido à categoria, na reunião que foi realizada no Palácio do Planalto para discutir os problemas do setor.
Ao decidir falar, Temer não sabia da resposta já dada pelos representantes do setor que, naquele momento, já haviam rejeitado a suspensão do movimento como pedira o governo e decidido pela continuidade da paralisação.
“Desde domingo (20) estamos trabalhando neste tema para dar tranquilidade não só ao brasileiro que não quer ver paralisado o abastecimento, mas também tentado encontrar uma solução que facilite a vida especialmente dos caminhoneiros”, declarou Temer, ao ser questionado pela imprensa se ia deixar o movimento se estender por mais dias.
“Eu até estou solicitando e pedi que nesta reunião se solicitasse uma espécie de trégua para que em dois, três dias no máximo nós possamos encontrar uma solução satisfatória para os caminhoneiros e para o povo brasileiro”, declarou o presidente ao falar do apelo que pediu para ser transmitido à categoria.
Acordo para zerar um dos tributos do diesel
Um impasse em relação à paralisação foi criado após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter cobrado de Temer a assinatura imediata, ainda nesta quarta-feira (23), de um decreto revogando a Cide para o diesel, quando o acordado com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, foi que, assim que o Congresso votasse a desoneração da folha de pagamentos de empresas, o presidente assinaria o decreto para que um gasto fosse compensado com o outro.
Agora, como se estivesse “esticando a corda”, nos dizeres de um assessor presidencial, Maia diz que Temer tem de assinar o decreto zerando a alíquota do diesel, sem que a contrapartida esteja garantida, o que, a princípio, estava sendo considerado impossível.
Novas reuniões serão realizadas no Planalto ainda nesta quarta-feira para que se chegue a uma conclusão do que poderá ser feito para amenizar os problemas que já começam a ser sentidos pela população.
Um interlocutor direto do presidente disse ao jornal “O Estado de S. Paulo” que a situação “está se agravando muito rapidamente”, o que acendeu um alerta no Planalto. Com informações Estadão Conteúdo.