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Por trás da greve dos professores, motivos políticos-partidários contra o governo vêm à tona

Líderes grevistas têm relações com políticos que perderam as eleições. Foto: Reprodução

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MANAUS (AM) – Desde o início da greve dos professores da rede estadual de educação do Amazonas o governador Wilson Lima tem mantido negociações com a categoria, porém todas as propostas apresentadas foram rejeitadas. O que foi descoberto é que, a frente das manifestações, pessoas ligadas ao ex-candidato a governador Eduardo Braga (MDB), Pauderney Avelino, Sidney Leite e Vanessa Grazziotin têm contribuído para a situação.

Na manhã desta quinta-feira (1º), ao fazer uma coletiva de imprensa e anunciar o reajuste de 8%, Wilson Lima deixou claro que alguns líderes grevistas tinham questões político-partidárias com ele, sem citar nomes, mas rapidamente os envolvidos foram descobertos.

Um deles é a presidente do (Sinteam), Ana Cristina, que foi candidata a deputada estadual nas eleições de 2022 e tem ligação com Vanessa e foi da coligação de Eduardo Braga. Já José Augusto Cardoso, além da professora Raynara Mota, declararam abertamente apoio a Pauderney Avelino.

Cleber de Oliveira Ferreira, vice-presidente do sindicato, foi candidato a vereador pelo PC do B em 2020, obtendo uma votação modesta de apenas 475 votos. No mês passado, encontros entre ele e Braga foram relatados.

Também no mês passado, Ana Cristina se encontrou com deputado federal Sidney Leite (PSD) enquanto as negociações com o governo do estado já aconteciam. No entanto, Sidney divulgou que o estado se negava a ouvir os professores há cerca de quatro anos, mesmo com o pagamento dos abonos realizados e as conversas com a categoria.

Eduardo Braga foi derrotado nas eleições de 2022 e postou imagem ao lado de representantes grevistas.

Com o reajuste anunciado por Wilson Lima, o estado passa a figurar como o nono do Brasil que melhor paga os profissionais de educação, mantendo-se acima da média salarial do país, mas as questões para alguns professores não são somente isso ao que tudo indica.

O piso salarial pago aos professores da rede estadual do Amazonas chegará a R$ 5.129,16, valor 16,03% acima do piso salarial nacional, e o governador fez questão de ressaltar o que é importante a partir de agora: “A gente não pode prejudicar alunos depois de um processo duro que a gente teve na pandemia e que eles tiveram que ficar fora da sala de aula, de crianças que vão para a escola em busca da primeira refeição do dia, de pais que trabalham e confiam na escola de tempo integral para que eles possam deixar a criança e ter tranquilidade para ir ao trabalho. Não é justo que isso continue acontecendo no estado do Amazonas e esse tipo de coisa eu não vou permitir”, declarou.

Colaboração para o Expresso AM, em Manaus:

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