SANTA CATARINA – Uma idosa de 75 morreu ao sofrer uma parada cardiorrespiratória depois de ter sido atacada por um cão da raça pitbull em Jaraguá do Sul. O caso ocorreu no dia 10 deste mês.
O cachorro ficava em uma casa cercada. Quando a idosa abriu o portão, o cachorro avançou na perna dela. O vizinho Delirio Ropilatto contou como tudo ocorreu. “Eu ouvi uns gritos, daí eu corri no muro, subi no muro. Aí eu vi que o cachorro tinha pegado a mulher, derrubado ela. Estava roendo a coxa dela. O rapaz estava grudado no cachorro para tirar o cachorro. Pegou a faca e matou o cachorro”, relatou.
O cão era do neto da vítima e estava no local há dois meses. A idosa não morava na casa, tinha ido visitar o neto. Após o ataque, os bombeiros voluntários de Jaraguá do Sul foram chamados e prestaram os primeiros atendimentos, mas a vítima não resistiu.
“Tinha um ferimento na perna direita, na região da coxa, tanto anterior como posterior da coxa, com sangramento bastante importante. A gente acabou fazendo um curativo compressivo. Quando a gente acabou de colocá-la dentro da ambulância, ela acabou evoluindo para uma parada cardiorrespiratória. Foi iniciado o processo de RCP [reanimação cardiorrespiratória] até a chegada do Samu. Após a chegada do médico ali, acabou constatando o óbito”, explicou o bombeiro voluntário Ademar Wischral.
Em Santa Catarina, a lei estadual 14.204/2007 proíbe a criação, venda e circulação de cães da raça pitbull no estado. Segundo o governo catarinense, as normas valem mesmo que a lei não preveja regulamentação. Ou seja, não há nenhuma secretaria, órgão ou autarquia estadual responsável pela fiscalização.
O dono do cachorro foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Jaraguá do Sul e a Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso. O rapaz foi solto depois de prestar depoimento. “O que falta agora são os laudos periciais: o laudo do IGP [Instituto Geral de Perícias], que esteve no local onde ficava guardado o animal, o cachorro; falta o laudo cadavérico da senhora que veio a falecer e falta o laudo da Fujama [Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente]”, afirmou o delegado Carlos Crippa.