São Paulo| Um homem, de 70 anos, foi preso no interior de São Paulo, suspeito de abusos sexuais contra seis meninas, em São Francisco, no Norte de Minas. De acordo com a Policia Civil de Minas Gerais, os crimes ocorreram em 2010, quando o suspeito tinha 60 anos e as meninas tinham entre 10 e 12 anos.
Logo depois da descoberta dos fatos, o homem fugiu e, nesta semana, ele foi preso em Pradópolis, de 21,4 mil habitantes, na região de Ribeirão Preto, a 323 quilômetros da Capital Paulista. Ele será transferido para o Norte de Minas, ainda sem data marcada.
O delegado de São Francisco, Emmanuel Robson Gomes, disse que o suspeito negou a autoria dos abusos contra as crianças. A Polícia Civil, por sua vez, afirma que reuniu provas dos crimes, com base nos depoimentos das vítimas, também submetidas a exames de corpo de delito.
De acordo com o delegado, o homem aproveitava da situação de pobreza das garotas para atraí-las para uma horta, em um bairro da cidade, às margens do Rio São Francisco, onde os abusos sexuais eram cometidos. Gomes disse também que as investigações revelam que o abusador amarrava as vítimas para cometer os atos libidinosos contra elas. Além disso, informou o delegado, as garotas recebiam pequenas quantidades em dinheiro, balas e doces.
A investigação foi iniciada após uma das vitimas ter relatado a situação para um professor da cidade. Conforme Emmanuel Gomes, após a delegada à época ter solicitado a prisão do suspeito, ele fugiu e, somente em junho passado, 10 anos depois, acabou localizado no interior paulista, onde foi preso e indiciado pelo crime de estupro de vulnerável, com várias vítimas. “Ele achava que ficaria foragido pelo resto da vida”, comenta Gomes.
Ele lembra que o homem conseguiu aproximação das famílias das vitimas, sem levantar suspeitas. “Por isso, sempre peço atenção dos pais para estarem juntos dos filhos, escutar mais os filhos, ver onde estão, com quem estão brincando, com quem estão saindo, para evitar esse tipo de situação. Porque talvez, o autor, o criminoso, nem seja de fora e, talvez, esteja muito próximo da família”, alerta o delegado Emmanuel Gomes.