MANAUS – AM | Na tarde de sábado (16), o deputado Josué Neto (PRTB) utilizou seu perfil no Facebook para criticar as perguntas feitas a ele durante uma entrevista à repórter da Revista Cenarium, Carol Givone. O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, Josué Neto (PRTB), anunciou em seu que as perguntas feitas pela jornalista foram tendenciosas e fugiram do tema proposto.
“Hoje concedi entrevista à repórter Carol Givone. Analisem o quanto as perguntas são tendenciosas. Nosso compromisso sempre será com a transparência”, escreveu ele em sua publicação.
Carol questionou Josué Neto sobre os compartilhamentos de Fake News, prática que tem ganhado força no cenário político nos últimos anos, como forma de parlamentares obterem vantagens sobre seus oponentes. O deputado foi acusado, recentemente, de comandar vários grupos no WhatsApp com a finalidade de propagar informações falsas sobre seus opositores políticos, entre eles o próprio governador do Estado, Wilson Lima.
Em resposta, Josué negou fazer parte de algum desses grupos e que é natural estar em grupos que tratam especificamente sobre política. “A minha participação em grupos de WhatsApp é como de uma pessoa que quer informar e divulgar minhas ações. […] não há da minha parte alguma postagem falsa ou com a finalidade de prejudicar ninguém”, disse ele.
Além das Fake News, Carol também perguntou ao deputado por que ele não teve a mesma indignação e revolta contra o governo quando o ex-governador José Melo foi acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, postura que ele adotou contra o atual governador, a ponto de aprovar o pedido de impeachment contra Wilson Lima e o vice-governador do Estado, Carlos Almeida.
Sem responder a pergunta, Josué saiu em sua defesa, afirmando que sua função, como presidente da ALE-AM, é permitir que as denúncias sejam analisadas e deixar que os demais deputados decidam se cabe ou não um impeachment no momento em que o Estado enfrenta a maior das crises na saúde pública.
Confira a publicação:
Vale lembrar que o deputado foi o braço direito de José Neto, se tornando seu principal aliado durante sua campanha eleitoral. E mesmo após a cassação do ex-governador, Josué manteve seu apoio ao então aliado.
Josué Neto também foi intimado a depôr na Operação Maus caminhos. Ele testemunhou a favor do médico Mouhamad Moustafa. O médico foi acusado pelo Ministério Público Federal de comandar um esquema que desviou mais de R$112 milhões do Fundo Estadual de Saúde.
Na ocasião o parlamentar disse ainda não manter nenhuma relação com Mouhamad e não conhecer o médico.