São Paulo| Uma estudante de 20 anos, denunciou um motorista do aplicativo 99 por estupro, durante uma corrida em São Paulo. O caso teria ocorrido na madrugada do dia 19 de fevereiro deste ano.
Em depoimento à polícia, a jovem contou que estava em um bar na zona oeste da cidade, quando pediu um carro de aplicativo. A estudante relatou ainda que estava alcoolizada e se lembra pouco do que aconteceu.
“O único flash que eu lembro é a gente passando na Consolação com o carro em movimento e depois o outro flash que eu tenho é o moço saindo do carro e indo no banco de trás comigo e ele estava com as calças abaixadas”.
A jovem contou ainda que percebeu que algo de errado havia acontecido quando acordou e viu o preço e o tempo da corrida no aplicativo da 99. De acordo com ela, o trajeto, que leva no máximo meia hora, durou mais de 5 horas e custou R$ 109. Ela também conta que sentia dores na região genital.
Após o caso ser registrado como estupro de vulnerável na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher e os policiais procurarem o suspeito por 24h, o motorista de 47 anos se apresentou à polícia na noite deste domingo (1°).
O suspeito alegou que trabalhava como motorista de aplicativo há duas semanas e que usava o carro emprestado de um conhecido. De acordo com os policiais, o motorista disse que foi seduzido pela passageira.
“Ele alega que ela estava perfeitamente sóbria e que ela começou a se insinuar para ele e ele não resistiu. Agrava a situação dele porque é um estupro de pessoa vulnerável pela embriaguez”, afirmou o delegado Roberto Monteiro, responsável pelo caso.
Durante 28 dias, a jovem terá que tomar um coquetel de remédios pra evitar doenças sexualmente transmissíveis. A estudante também denunciou o motorista ao aplicativo e ele foi descredenciado.
A 99, aplicativo para o qual o motorista trabalhava, informou que recebeu a denúncia e que baniu o motorista. A empresa também disse que está oferecendo suporte psicológico à passageira e que está à disposição para colaborar com a polícia.