FRANCA (SP) – A jovem Gabrielle Barbosa Silva, de 20 anos, viralizou nesta semana nas redes sociais após explicar como precisou amputar as mãos e os pés por conta de uma grave infecção urinária. Ela criou uma vaquinha online para custear as próteses para tentar ter uma vida mais próxima do normal como antes.
Em entrevista, a jovem de Franca, em São Paulo, explicou que teve o problema em dezembro de 2022 e tomou a medicação prescrita. Ela chegou a procurar uma médica novamente que observou os exames e informou que, caso Gabrielle sentisse alguma cólica, tomasse remédio para dor.
Acreditando ter se curado, ela seguiu a vda até que, no dia 28 de março, sentiu fortes dores nos rins e foi ao hospital. “Quando cheguei, a equipe médica tratou o caso como cólica renal. Fiz alguns exames e fui liberada na sequência. No dia seguinte, retornei para pegar os resultados dos exames e comecei a vomitar e desmaiar. Um médico passou medicamento intravenoso, antibiótico e me liberou”, contou Gabrielle.
Ao chegar em casa, a situação piorou e novamente ela desmaiou, fazendo a mãe chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “A minha pressão estava muito baixa. Por conta disso, me levaram para a Santa Casa, mas, como não tinha vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) naquele momento, fiquei deitada em uma maca no corredor”, disse.
Somente no dia 31 de março a jovem conseguiu ser internada, intubada e sofreu duas paradas cardíacas. “Aplicaram adrenalina em mim e foi isso que causou a necrose dos meus membros”, explicou ela, que ainda ficou seis dias em coma induzido.
Assim que acordou, no dia 5 de abril, recebeu a notícia de que suas mãos e pés precisariam ser amputados. “Chorei um pouco, mas sabia que não tinha mais como reverter o caso. No dia 18 de abril, amputei as duas mãos e, no dia 19, os pés até as canelas. Eu sei que fizeram isso para salvar a minha vida”, completou.
Gabrielle recebeu alta, está fazendo fisioterapia e acompanhamento psicológico. Ela disse que ficou totalmente dependente da mãe e de alguns familiares. “Resolvi criar uma arrecadação online porque não tenho condições para custear as próteses. Cheguei a procurar no Sistema Único de Saúde (SUS), mas as mãos são de plástico e os pés não têm articulações”, afirmou.
Agora, ela sonha em se tornar independente de novo da forma melhor possível. “Faltam 11 dias para acabar a arrecadação online e não chegou nem perto do valor ideal, mas ainda sigo confiante”, finalizou.