MANAUS (AM) – Familiares de Antônio Carlos de Almeida Fernandes, de apenas 20 anos, fizeram um protesto na noite desta segunda-feira (03), após ele ser assassinado a tiros durante operação realizada pela Polícia Militar, na região. Eles alegam que a PM informou que o rapaz teria morrido de convulsão, mas morreu a tiros.
No Instituto Médico Legal (IML) consta que o corpo de Antônio deu entrada por volta das 23h15, vítima de arma de fogo, por volta das 17h34, na UPA Campos Sales, onde ele não resistiu aos ferimentos. O capitão André Rocha, que atendeu a ocorrência, disse que foi informado que Antônio morreu após passar mal, mas a irmã da vítima, Francisca Fernandes, negou.
“Ele estava sujo de sangue e havia cápsulas de arma de fogo no local”, disse ela. A mãe, Jandira Almeida, disse que o filho passou o dia em casa, não reagiu à ação dos policiais e, após atravessar a rua e passar poucos minutos fora, foi pego pela polícia e assassinado.
“Eles deram um ‘pisão’ no meu filho, mas ele só saiu de casa uns três minutos, atravessou a rua e pegaram ele”, disse Jandira, que falou que o filho foi atingido por um dos tiros e mesmo assim os policiais supostamente não queriam soltá-lo. “Eu disse ‘soltem ele, ele está gelado e roxo’”, contou. Vídeos também mostram a ação.
Ainda segundo o capitão Rocha, a ação ocorreu na comunidade com o objetivo de apurar sobre facções criminosas dentro da invasão, além de investigar o tráfico de drogas. No entanto, ninguém foi preso e nada foi apreendido. Também não foi informado se Antônio Carlos era suspeito de algo. Moradores reclamaram que na comunidade há pessoas de bem, mulheres grávidas e crianças, além de inocentes, e que ação foi truculenta.
O crime deve ser apurado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).