MANAUS-AM | O Conselho de Sentença da 1.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus condenou nesta segunda-feira (16/08), Ângelo Ricardo da Silva Leocádio Júnior, a 32 anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado contra Arlete Pinheiro de Araújo, 70, e o sobrinho dela, Alexsandro Mateus Araújo de Lima, 31.
O crime, foi praticado no dia 3 de dezembro de 2018, por volta das 11h, na rua Orquídea Fajus (antiga rua 10), Conjunto Hileia I, bairro Redenção,em Manaus.
O julgamento da Ação Penal de n.º 0660058-02.2018.8.04.0001, realizado no Fórum Ministro Henoch Reis, começou às 10h, com a sessão sendo presidida pelo juiz de direito Mateus Guedes Rios. O Ministério Público do Estado do Amazonas destacou o promotor de justiça Marcelo Augusto Almeida para os trabalhos na acusação. O réu teve em sua defesa os advogados Nyton de Oliveira e Adalberto Santos.
Ângelo Ricardo da Silva Leocádio estava preso desde a época do crime, quando foi detido pela Polícia Civil do Estado do Amazonas. Em razão disso, da pena de 32 anos de reclusão serão descontados dois anos e oito meses, período em que o réu esteve no presídio, aguardando julgamento.
O crime
De acordo com o inquérito policial que originou a denúncia do Ministério Público, as mortes aconteceram no dia 3 dezembro de 2018, na casa de Arlete Pinheiro de Araújo, que tinha 70 anos e morava na companhia do sobrinho. Segundo a polícia, o réu e Alexsandro haviam se conhecido poucos dias antes, por uma rede social, e marcaram de se encontrar na casa.
Conforme os autos, Alexsandro foi morto com requintes de crueldade, tendo inclusive a cabeça esmagada. O mesmo aconteceu com a idosa, que ao voltar para casa e se deparar com Ângelo, teria gritado e pedido socorro diante do crime praticado contra o sobrinho, quando foi atacada também pelo réu.
O autor do crime fugiu do local vestindo roupas de Alexsandro. A polícia desvendou o crime após verificar as imagens de câmeras de segurança que mostrava Ângelo saindo da residência portando objetos furtados da residência.
Arlete e Alexsandro foram achados mortos com as cabeças esmagadas no dia 4 de dezembro daquele ano dentro da casa onde moravam, no conjunto Hiléia, redenção, Zona Centro-Oeste. As duas vítimas estavam despidas e com violentas marcas de agressão no chão dos banheiros da residência.