Manaus – Os réus Adson Dias da Silva e Ronaldo de Paula da Silva foram condenados, somando as duas condenações, a 39 anos de prisão por envolvimento na morte da líder comunitária Maria das Dores Santos Salvador Priante, 52, em Manacapuru (a 89 km de Manaus). Eles foram condenados por regime fechado sem direto a apelar em liberdade, segundo o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM). A sentença final saiu às 6h deste sábado (25), quase 20 horas após o início da audiência, no Plenário da Câmara Municipal.
A audiência aconteceu sete meses após o assassinato. A titular da 1ª Vara da Comarca de Manacapuru, juíza Vanessa Leite Mota, presidiu a sessão de julgamento.
Ao todo, participaram do julgamento 15 testemunhas, 25 jurados titulares e 16 suplentes. Adson foi condenado a uma pena de 20 anos de reclusão e Ronaldo a 19 anos.
Ronaldo de Paula confessou que foi contratado por Adson Dias para auxiliar no sequestro da vítima. Ambos, foram considerados culpados pelo crime de homicídio qualificado com motivo fútil, previsto no Artigo 121 do Código Penal Brasileiro (CPB).
Crime
A líder da Comunidade Portelinha, localizada em Iranduba, Dona Dora, como era mais conhecida, foi sequestrada, torturada e assassinada no dia 13 de agosto do ano passado. De acordo com as investigações, o assassinato foi motivado por conflitos agrários entre o acusado de ser o mandante do crime, Adson Dias, e a vítima, que lutava contra a grilagem de terra e a defendia o direito à moradia das famílias que residiam na comunidade. Tanto Dias, quanto Priante, se identificavam como líderes do local.
Com informações Em Tempo.