Manaus-AM| A Justiça do Amazonas optou por manter a sentença de Fabian Neves dos Santos, acusado de estuprar uma adolescente de 13 anos, em 2018. Na ocasião do crime, o homem foi flagrado despido, com a menina, em um motel da cidade de Manaus.
Segundo a Polícia Civil, a tia da adolescente era quem fazia o agenciamento entre ela e o suspeito. Durante o processo em 1° grau, a 2ª Vara Especializada em Crimes Contra a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes fixou as penas dos réus em pouco mais de 300 anos de prisão.
A pena aplicada à tia da menina foi a maior, somando um total de 146 anos, referente aos crimes de favorecimento à prostituição; estupro; associação criminosa e corrupção de menores. Devido à continuação dos delitos, a pena foi agravada.
Uma terceira pessoa, suspeita de também agenciar adolescentes, foi condenada a 64 anos e dez meses pelos mesmos crimes que a tia. Já o empresário, que possui uma empresa de segurança, recebeu condenação de 61 anos e oito meses pelos crimes de favorecimento à prostituição e estupro de vulnerável. Ele também teve a pena agravada pela continuidade dos crimes. Todos os acusados cumprirão pena em regime fechado.
O caso
De acordo com a polícia, durante as entradas no motel, a tia da adolescente sentava no banco do passageiro, com intuito de não levantar suspeitas. A acusada, no momento dos abusos, ficava no banheiro do estabelecimento até acabar o “programa”. O empresário efetuava pagamentos que variavam de R$500 a R$1 mil à agenciadora.
Segundo a titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), delegada Joyce Coelho, a vítima cedia aos atos de abusos porque, além de depender economicamente da parente, também estava em uma posição inferior e de vulnerabilidade, o que a fazia ceder, mesmo contra a vontade dela.