BRASILIA | Na madrugada deste sábado (30), um grupo de bolsonaristas, comandado pela ativista Sara Winter, realizou um ato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e usou elementos de ideologias reacionárias e extremistas.
A manifestação foi realizada após a blogueira e principal porta-voz do movimento se tornar alvo de investigação no inquérito contra Fake News que tramita no STF.
Com máscaras, roupas pretas e tochas, símbolos atrelados a movimentos supremacistas e neonazistas dos EUA, como a Ku Klux Klan, o grupo composto por cerca de dez pessoas desceu a Esplanada carregando uma faixa onde se lia ‘300’ e ficou em frente ao Supremo. Seguidos por Winter, os bolsonaristas gritavam palavras de ordem contra o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito.
Depois de ser alvo de ação nesta semana, a líder do movimento ameaçou Moraes e chegou a afirmar que iria “trocar socos” com ele. “Você me aguarde, Alexandre de Moraes. O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor”, ameaçou Sara através do Twiiter.
“A gente vai infernizar a tua vida. A gente vai descobrir os lugares que você frequenta. A gente vai descobrir as empregadas domésticas que trabalham pro senhor. A gente vai descobrir tudo da sua vida. Até o senhor pedir pra sair. Hoje, o senhor tomou a pior decisão da vida do senhor”, declarou a ex-funcionária do Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios entrou no início deste mês com uma ação civil pública na Justiça para solicitar o fim do acampamento do “300 do Brasil” em Brasília ou qualquer outra parte do país.