BRASÍLIA | Representantes de entidades religiosas – católicas e evangélicas – protocolaram, nesta terça-feira (26), pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O documento foi entregue na Câmara dos Deputados. Há cerca de 60 pedidos de impedimento, sem análise, na Casa. (Confira a lista completa no final da matéria)
O pedido de impeachment é assinado por religiosos críticos ao governo. Na lista estão padres católicos, anglicanos, luteranos, metodistas e também pastores.
A peça, escrita pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), foi promovida pela Frente Ampla Cristã, e conta com apoio do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), da Comissão Nacional Justiça e Paz (órgão ligado à CNBB), a Câmara Episcopal da Igreja Anglicana do Brasil (IEAB), a Aliança de Batistas do Brasil (ABB) e diversas lideranças católicas e evangélicas.
A decisão de dar ou não o pontapé inicial no impeachment cabe ao presidente da Câmara, que também pode engavetar os pedidos – desde o início do mandato de Bolsonaro foram protocoladas 61 ações desse tipo contra ele, das quais 56 estão ativas.
“A ausência total de iniciativa por parte do governo para diminuir e conter os impactos da pandemia da Covid-19”, disse Romi Bencke, representante do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs. “Esse sufoco de Manaus é o sufoco do país inteiro, que tem neste momento sua população abandonada porque nega o direito à vida das pessoas, cristãs e da população”, agregou.
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