BRASIL – Os cinco primeiros ministros do governo Lula foram anunciados na manhã desta sexta-feira (9). O presidente eleito confirmou Fernando Haddad (PT) para o Ministério da Fazenda; o governador da Bahia Rui Costa (PT) para a Casa Civil; o senador Flávio Dino (PSB) na Justiça e Segurança Pública; José Múcio Monteiro fica no Ministério da Defesa e Mauro Vieira, ex-chanceler de Dilma, chefiará o Itamaraty.
Lula decidiu antecipar o anúncio da primeira leva de ministros, que anteriormente será feito somente após a cerimônia de diplomação. Com os anúncios, Lula quer acelerar o processo de transição em áreas sensíveis como Economia, Defesa, Justiça e Segurança Pública.
Os escolhidos
Haddad foi ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo. Ele chegou a concorrer na eleição de 2018 para a presidência. A pasta será fruto do desmembramento do atual Ministério da Economia, que também dará origem aos ministérios de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e de Planejamento, Orçamento e Gestão.
Rui Costa tem mandato como governador da Bahia até o dia 31 de dezembro e depois assume a Casa Civil, pasta que auxilia o presidente em suas atribuições e coordena a integração entre os ministérios. Costa é um dos principais aliados e articuladores de Lula.
Flávio Dino é ex-governador do Maranhão, já foi juiz federal, deputado federal e presidente da Embratur, sendo um dos nomes da esquerda mais elogiados por Lula entre os que conquistaram mandato.
Ex-presidente do Tribunal de Contas de União e ex-ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (segundo mandato de Lula), José Múcio Monteiro foi escolhido para chefiar a pasta da Defesa, ministério ao qual estão vinculados o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Ele é considerado um nome com bom trânsito entre militares.
Mauro Vieira, que chefiará o Itamaraty, é ex-ministro das Relações Exteriores (governo Dilma Rousseff), atual embaixador do Brasil na Croácia e ex-embaixador na Argentina e nos Estados Unidos.
Transição
Antes do anúncio de Lula, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, coordenador da transição, fez uma espécie de balanço, informando como atuaram os grupos de transição durante as últimas semanas.
“O relatório final terá um diagnóstico de cada área, alertas para os primeiros meses de governo. As emergências orçamentárias, sugestões de revogações em cada área, propostas de estrutura para cada área e ações prioritárias”, declarou Alckmin.