MANAUS – A Justiça do Amazonas condenou quatro homens pelo assassinato de um adolescente, ocorrido em 2018, no Alvorada 3, Zona Centro-Oeste de Manaus. As penas variam entre 19 e 14 anos.
Dos quatro réus, somente Carlos Freire de Mendonça estava preso, por outro processo. Por isso, iniciou imediatamente o cumprimento provisório da pena. Marcell Tavares de Souza e Deigrison Batalha Frazão respondiam ao processo em liberdade mas, com a condenação de 17 anos, o magistrado também decretou a prisão deles ainda em plenário para o início do cumprimento provisório da pena. Como teve uma pena abaixo de 15 anos, Levi da Silva Machado vai poder recorrer da sentença em liberdade.
De acordo com o inquérito policial que originou a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM), no dia 6 de abril de 2018, Cristóvão estava à frente de sua residência, no bairro Alvorada, quando um veículo de cor prata aproximou-se dele e parou. Do carro, conforme a denúncia, saíram Carlos Freire de Mendonça, Deigrison Batalha Frazão e Levi da Silva Machado, que detiveram o adolescente e o colocaram à força dentro do veículo, conduzido por Marcell Tavares de Souza.
Consta dos autos que o carro saiu do local com a vítima em poder dos quatro acusados, ocasião em que Deigrison aplicou em Cristóvão o golpe de estrangulamento conhecido como “mata-leão”, enquanto Levi o auxiliava, segurando a vítima para que esta não pudesse opor resistência. Cristóvão teria perdido os sentidos e Deigrison permaneceu asfixiando a vítima, causando-lhe a morte.
Após o crime, os acusados jogaram o corpo do jovem para fora do carro em local ermo do bairro Tarumã, próximo à Praia Dourada, na zona Centro-Oeste da cidade. Em 22 de agosto de 2018, Carlos Freire de Mendonça foi preso em flagrante por tráfico de drogas, ocasião em que confessou sua participação na morte de Cristóvão, delatou os demais comparsas e apontou para os policiais o local onde abandonaram o corpo de Cristóvão.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Cristóvão foi morto, porque dias antes roubara uma motocicleta de um professor de uma academia frequentada pelos acusados Marcell Tavares de Souza, Deigrison Batalha Frazão e Carlos Freire de Mendonça, os quais alegam ser “faixa preta” de jiu-jitsu.