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M0rte de sargento da PM em Manaus é a terceira de envolvido ligado ao ‘Caso Flávio’

Polícia ainda não sabe a motivação para Elizeu da Paz de Souza ter sido assassinado pelo amigo. Foto: Divulgação

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MANAUS (AM) – Com a morte do sargento da Polícia Militar Elizeu da Paz de Souza, ocorrida na madrugada desta terça-feira (5), sobe para três o número de envolvidos no “Caso Flávio” que morreram ao longo dos últimos cinco anos. Embora nem todas as mortes tenham ligação com o caso, o assassinato de “Da Paz” reacendeu as suspeitas de queima de arquivo.

O assassino do sargento, segundo a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), foi o amigo e lutador Mayc Vinícius Teixeira Parede, de 42 anos. Ambos são réus no assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, ocorrido em 2019, e o caso até hoje não teve desfecho na Justiça do Amazonas.

Na delegacia, Mayc apenas negou ter matado o sargento e falou que só falaria em juízo. A motivação para o crime não foi esclarecida, apesar de uma testemunha ter revelado uma briga passada entre os dois.

“Apesar dessa informação, dentro do veículo onde a vítima foi morta, não houve discussão entre o suspeito e o sargento, tampouco antes de eles entrarem no carro”, mencionou a delegada.

Em 2019, uma testemunha do Caso Flávio, que é parente de Mayc, informou à polícia que ele alegava ser inocente e que tinha assumido a culpa supostamente em troca de uma vantagem financeira. Marília Campelo informou que nesse momento a investigação não gira em torno do caso do engenheiro, mas que será investigado o motivo do lutador ter tirado a vida do próprio amigo de longa data.

Mortes

Além de Da Paz, por coincidência ou não, outras duas pessoas envolvidas no Caso Flávio foram assassinadas em 2022. Em outubro daquele ano, o delegado Aldeney Góes foi morto a tiros numa farmácia no Pará, no dia 28 de outubro. Ele foi o responsável por realizar a prisão de Alejandro Valeiko, enteado de Arthur Neto, prefeito na época.

Aldeney Góes foi vítima de um latrocínio no Pará. Foto: Reprodução

O caso foi investigado pela polícia paraense e amazonense e a suspeita de ter relação com as prisões foi levantada, mas a conclusão que se chegou na época é de que ele foi vítima de latrocínio enquanto fazia compras. Os autores foram presos.

No mês seguinte, 15 de novembro, Mateus de Moura Martins, de 28 anos, foi executado a tiros numa barbearia na rua Belo Horizonte, bairro Aleixo, Zona Sul de Manaus, enquanto o filho de 8 anos cortava o cabelo.

Mateus era testemunha do Caso Flávio e foi ouvido pela polícia por ser o traficante que entregou drogas na casa de Alejandro Valeiko, no Tarumã, Zona Oeste, no dia da morte do engenheiro. O homem já tinha passagem por tráfico de drogas.

Mateus de Moura Martins, de 28 anos, esteve na casa de Alejandro no dia da morte do engenheiro. Foto: Reprodução

Com a terceira morte em torno do caso e a repercussão vindo à tona novamente, a polícia deve investigar todas as novas informações, descartando ou não as hipóteses.

A última movimentação do processo ocorreu em 2021 e Elizeu da Paz e Mayc Parede seriam levados a júri popular e estavam aguardando em liberdade.

Os outros envolvidos foram absolvidos do crime de homicídio. No entanto, o processo poderá ser reaberto caso surjam novas provas.

 

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