Manaus – Respiração profunda, soluços e uma dor imensurável no coração. No meio de tanta saudade, Luana Monte, de 34 anos, encontrou forças para dar a sua versão sobre a morte de seu filho, o pequeno Vicente Monte Neto, de apenas 2 anos e 9 meses, que faleceu de meningite na manhã de sexta-feira (11). À reportagem do Portal Acrítica, ela informou que foi diversas vezes ao Pronto-Socorro Infantil da Unimed, no bairro São Geraldo, na Zona Centro-Sul de Manaus, mas escutava dos médicos que a criança estava com uma “febrezinha passageira” e que podia ser tratada em casa. Ela afirmou que algumas vezes ainda chegou a ser chamada de histérica.
“Ele ficou com febre no domingo (6), mas foi controlada por mim. Na segunda (7), ele acordou com uma febre muito alta e o levei ao Pronto-Socorro da Unimed. A médica que o atendeu disse que ele não tinha nada, chegou a fazer um exame em seu pulmão e não deu nada. Falou que eu era preocupada demais e histérica, que o Neto só estava com uma ‘febrezinha passageira’”, relembrou Luana, que está na casa da sogra por não conseguir voltar ao apartamento onde morava com o filho e o marido.
“Na terça-feira (8), quando voltei do trabalho, ele estava novamente com febre e o levei ao pronto-socorro [Infantil da Unimed]. Foi atendido por uma médica que chegou a dizer que ele estava se tremendo muito e que por isso iria fazer um exame de sangue, só que ela saiu na troca de plantão. O médico que nos atendeu disse que não deu nada no exame e que a culpa [do Neto estar assim] era minha, porque a gente [mãe] leva criança ao pronto-socorro para tomar antibiótico e que esse negócio de febre era para ser controlado em casa”, contou.
No dia seguinte, Neto voltou a ter febre e foi ao consultório de sua pediatra. A profissional achou um absurdo os médicos plantonistas não terem passado exames mais específicos para a criança. “Ela passou antibiótico e pediu para prestar atenção em qualquer alteração. Na quarta (9), ele dormiu gemendo e de manhã não levantou mais. Liguei para a pediatra e ela me disse para ir imediatamente ao pronto-socorro [Unimed]. Chegamos lá e ele estava molinho, sem reação, mas abriu um olho e a médica falou que ele estava bem. Falei que ele não estava se alimentando e nem se levantando, e ela só disse que ia passar soro e dipirona. Depois de uma hora no soro, veio uma técnica de enfermagem fazer um exame de sangue e constatou que ele não estava normal. Quando colocou a agulha, ele não reagiu a nada. Foi quando a doutora veio e viu a rigidez na nuca e pediu para todo mundo agir rápido, mas já era tarde demais”, relembrou, ainda muito emocionada.
“O Neto é meu único filho! Me esforcei tanto para engravidar… Nós vamos entrar com um processo contra a Unimed por negligência médica. Sei que isso não vai trazer o meu filho de volta, mas vai fazer a Unimed aprender a tratar melhor as crianças”, finalizou. O menino estava com todas as vacinas em dias.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Unimed Manaus, que optou em não se pronunciar sobre o caso no momento.
Com informações Portal Acrítica.
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Que Deus venha confortar o coração dessa maezinha em seu sofrimento. Pior dor do mundo e a perda de um filho. Medicos irresponsáveis. Depois que a merda ta feita fazem cara de coitados e jogam a culpa sobre a mãe. Bando de desgraçados!