TAILÂNDIA – A defesa da brasileira Mary Hellen Coelho, presa na Tailândia por tráfico internacional de drogas desde fevereiro, ainda não conseguiu informar para ela que a mãe, Thelma Coelho, morreu. A mulher tinha câncer.
De acordo com os advogados da brasileira, até agora o único contato com a jovem foi por meio de carta, escrita por outra pessoa, em inglês. Como há superlotação nas prisões e devido a pandemia, a direção diz que fica inviável realizar chamadas de vídeo.
“Difícil demais, demoram para responder. Até hoje a família não teve contato direto com ela. O contato é geralmente por e-mail, a resposta demora mais de 24 horas para chegar. Sempre dizem que estão fazendo o possível, mas não conseguimos avançar”, disse a advogada Talita Franco, que faz parte da equipe que defende a jovem.
A advogada Kaelly Cavoli Moreira, que também defende a Mary Hellen no Brasil, contou que a mãe lutou para ver a filha.
“A Thelma, lutou com todas as forças para tentar ver a filha. Em razão do fuso horário é possível que o contato seja feito após o enterro. Já encaminhamos um e-mail para a embaixada e também estamos tentando contato com o Samut Prakan [a prisão em que se encontra Mary Hellen] para darmos a notícia de maneira mais respeitosa e sensível. Sem sucesso até o momento, acredito que em razão do fuso horário”, disse.
Quando enviou a carta para a família, escrita em inglês para o governo tailandês ter controle, Mary Hellen disse que estava bem, mandou beijos para a família e disse que esperava que a mãe estivesse bem.
Mary Hellen Coelho Silva foi detida em fevereiro deste ano com outro brasileiro, no aeroporto de Bangkok, com 9 kg de cocaína. A droga estava escondida dentro de um compartimento oculto das três malas que eles carregavam.