SANTA CATARINA | Duas crianças foram encontradas mortas em Guarapuava no último sábado (27), dentro de um apartamento, em Guarapuava. A mãe das crianças foi quem executou o crime.
Conforme as primeiras informações, as vítimas são uma menina de 10 anos e um menino de três. O crime teria ocorrido dez dias antes.
A Delegada da Polícia Civil, Ana Haas, concedeu uma entrevista coletiva sobre o caso.
Ela afirmou que Eliara, de 30 anos, veio para a cidade com a intenção de praticar o duplo homicídio, que é tratado como doloso e qualificado.
A mulher confessou os crimes em depoimento para a Polícia Civil, entretanto não contou mais detalhes da dinâmica, sobre o que de fato aconteceu, dificultando, nesse sentido, a investigação. A suspeita contou em depoimento que praticou o crime na noite de 14 de agosto, por volta das 20h. Ela asfixiou o filho, de três anos, com um travesseiro, enquanto a menina, de 10 anos, foi asfixiada com um cachecol.
“Essa suspeita desde que veio para a cidade de Guarapuava, veio com a intenção de se livrar dos filhos, essa suspeita quis desde sempre viver umas nova vida e é por isso que ela escolheu outra cidade, isolando essas crianças de qualquer membro de família”, ressalta a delegada da Polícia Civil de Guarapuava.
Diante dessa circunstância é notável a tentativa da mulher em fazer com que a ausência das crianças não fosse percebida, visto que na cidade ela evitou criar novos vínculos afetivos.
“O fato é que ela já veio com essa intenção de viver uma nova vida. Uma nova vida na qual ela não seria mãe, na qual ela não teria responsabilidade de cuidar dos filhos e poderia viver uma vida tal qual o pai do menino Joaquim. Como ela revela muito bem nas cartas dela, esse ‘recalque’, de certa forma, da vida que ele tinha, enquanto ela estava cuidando de duas crianças”, destaca a delegada da Polícia Civil, Ana Hass.
Além disso, a mulher contou uma versão relatando que antecipou a festa das crianças para 1º e 6 de agosto porque teria a intenção de se matar, entretanto de acordo com a Polícia Civil isso não se confirma, ao contrário: “As crianças vivas, com ou sem ela poderiam si comemorar o seu aniversário. Então isso revela que desde sempre, essa antecipação de festa, não era porque ela não estaria aqui, mas sim porque as crianças não estariam”, finaliza a delegada.
INSANIDADE MENTAL
A acusada afirmou em depoimento que estava ‘em surto’ quando matou os filhos e permaneceu assim nos dias que se seguiram. Contudo, para a investigação, nesses dias, ela planejava como se livrar dos corpos. Um dos indícios são os prints que ela fez das câmeras de segurança para saber quais lugares eram cobertos por essa vigilância.
Além disso, a delegada afirma que ela só se entregou à polícia porque “exauriu todas as possibilidades de se ver impune”. Isso porque, ela teve várias possibilidades de assumir o que havia ocorrido, já que professores, o porteiro do prédio e o motorista da van entraram em contato com ela para saber o que tinha acontecido.