CAMPO GRANDE – Uma empresária denunciou à polícia que uma ex-funcionária dela, de 20 anos, foi obrigada pela própria mãe a abortar quando já estava com 7 meses de gestação. A avó tinha medo da filha comprar uma casa e o genro ter parte no imóvel, assim como “atrapalhar” a vida financeira da jovem.
Com áudios e prints, Erica Oliveira Souza foi à Polícia Civil, onde registrou boletim de ocorrência, que está nas mãos da 1ª DP, no Centro. O caso aconteceu em Campo Grande.
“Tira essa porra. Tira essa porra aí de dentro de você”, gritou a mãe para a filha, em um áudio que já está com a família. Em várias gravações, a avó promete matar o bebê a qualquer custo.
A mãe da gestante detalha que tem ódio do genro e que já iria conversar com alguém para bater ou assassiná-lo.
De acordo com a empresária, assim que a jovem revelou a gravidez, Erica ofereceu assistência e ajuda psicológica, mas a mãe da gestante conseguiu fazê-la abortar.
“Ela mesma cortou o cordão umbilical com a tesoura”, revela a lojista. A ex-patroa diz ter conversado com a funcionária, que admitiu ter tirado o filho do ventre.
“O hospital não perguntou onde estava o bebê. Ele pode ter nascido vivo, ele pode ter sido dado ou jogado pra alguém, ninguém correu atrás disso’”, lamentou novamente a denunciante.
No dia 25 de março, a empresária registrou queixa sobre o aborto, na 1ª DP. Ela disse que ainda não foi chamada a depor.