Manaus – Na Câmara dos deputados, a bancada do PMBD articula para esvaziar a sessão que analisará o pedido de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Bancadas de outros partidos da base aliada começam a ser influenciadas, principalmente do Centrão – grupo de siglas liderado por PTB, PP e PSD e que apoia Cunha. Deputados de algumas dessas bancadas já admitem que podem seguir o exemplo do PMDB.
No Amazonas alguns deputados adiantaram que votarão pela cassação do ex-presidente da Câmara dos Deputados entre eles Silas Câmara (PRB), Hissa Abrahão (PDT), Alfredo Nascimento (PR), e Pauderney Avelino (DEM).
Os parlamentares evitam comentar o assunto publicamente. Nos bastidores, relatam desconforto de votar contra um correligionário.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo também questionou os parlamentares sobre a possibilidade de aplicar uma pena mais branda ao peemedebista, nos moldes do que aconteceu com a presidente cassada Dilma Rousseff no processo de impeachment. A resposta a essa pergunta mostra que ainda não há uma maioria absoluta que se negue a discutir uma ‘anistia política’ a Cunha.
Dos 270 que declararam votar pela cassação, 21 deputados sinalizam estar propensos a suavizar a pena do ex-presidente da Câmara.
Entre eles, sete se disseram indecisos em relação a uma pena mais branda, 13 não quiseram responder e um – Felipe Maia (DEM-RN) – disse ser a favor da cassação, mas vota por uma pena mais branda.