Manaus – O major da Polícia Militar (PM) Pedro Moreira sentou no banco dos réus nesta segunda-feira (28). Ele é acusado do assassinato da namorada Leydinina Luciane da Silva Araújo, morta em março de 2010, e julgado na Lei do Feminicídio, caso seja condenado, poderá pegar pena de até 30 anos. Aos jurados do 1º Tribunal do Júri, ele alegou inocência, mas a mãe da jovem, Maria Hilda da Silva, 51, atribuiu a morte ao policial, que segundo a família, era ciumento e ‘pegajoso’.
Vestida com uma camiseta com a frase: ‘Chega de violência contra as mulheres’, Maria Hilda prestou depoimento como informante perante ao Júri. “Não tenho dúvidas de que ele matou a minha filha”, disse, mesmo sem poder se manifestar. Além dela, uma irmã e uma amiga Leydinina também foram ouvidas como testemunhas.
Elas afirmaram que a Leydinina, que era soldado da PM, não tinha motivos para ter se suicidado e reafirmaram a suspeita de ela ter sido morta pelo namorado, que à época era tenente e, mesmo respondendo a processo por homicídio qualificado, foi promovido a patente de major.
Durante seu depoimento, Pedro Moreira afirmou que todas as declarações prestadas pelos familiares e pela a amiga não eram verdadeiras. Ele reafirmou que foi a policial quem atirou contra a cabeça dela, mas com a arma dele. Ao Júri, ele falou que manteve um relacionamento com Nina por cerca de três meses.
“Durante a briga, eu cheguei a retirar a arma do local onde a guardava pensando que ela podia tentar fazer alguma coisa, mas não sei de que forma ela descobriu e pegou. Antes de atirar, ela disse que eu tinha acabado com a vida dela”, falou o major à juíza Eline Paixão.
O julgamento ainda está acontecendo na 1ª Vara do Tribunal do Júri e não tem horário previsto para ser concluído.
O caso
Leydinina morreu no dia 5 de março de 2010, dentro do apartamento onde morava com o major Pedro Moreira, no Santa Luzia, na zona sul de Manaus.
Com informações D24am.