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Manauaras reclamam das carretas que esmagam condutores e ninguém faz nada: ‘imprudência’

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MANAUS –  A morte do condutor talo da Silva Prado, esmagado por uma carreta nesta terça-feira  (03), infelizmente não foi a única e reaviva no manauara o trauma por esse  tipo de acidente na cidade, marcada por perdas de vidas no trânsito.

Nas redes sociais, os manauaras protestam pela falta de segurança.

Após a confirmação da morte do trabalhador da Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (CFAOC),, a WEB pediu providências nas redes sociais.

Casos como o do condutor de ontem se repetem. Um dos mais lembrados foi o que matou duas mulheres em 2021. Susi Pedrosa Caldas, de 37 anos, e a enteada dela, Maria Eduarda Caldas, de 17 anos, morreram após o carro em que estavam ser esmagado por um caminhão. O acidente aconteceu no dia 27 de agosto, na Avenida Rodrigo Otávio, bairro Japiim.

No caso de ontem, o condutor da carreta fugiu e ainda não foi preso.

DADOS

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), divulgou dados oficiais do Boletim Epidemiológico da Mortalidade por Acidentes de Transporte Terrestre no Amazonas, no período de 2018 a 2022. O documento está disponível em: bit.ly/3DzKcx5.

O boletim destaca dados consolidados a partir do Sistema de Informação de Mortalidade, oficial do Ministério da Saúde, e compõe um instrumento da Vigilância em Saúde do Amazonas, por meio da Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) da Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (Gvdant), no Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) da FVS-RCP.

Segundo a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, o objetivo do documento é apresentar o cenário de mortes por acidentes de transportes terrestres no Amazonas, com o objetivo de subsidiar intervenções públicas a serem pautadas na realidade regional e contribuir para redução dos índices de óbitos por esse tipo de acidente e a valorização da vida no trânsito no Amazonas.

“Ao analisar o cenário de óbitos por acidentes de transporte terrestre, os gestores públicos podem implementar medidas que abordem a realidade local de forma direcionada. Na Saúde, os acidentes resultam em lesões graves, incapacitações permanentes e até mesmo óbitos prematuros. É preciso investir em ações de prevenção a acidentes de trânsito para promover a valorização da vida e também prevenir impacto no sistema de saúde”, ressalta Tatyana.

A coordenadora da Vigilância de Violências e Acidentes na FVS-RCP, Cassandra Torres, acrescenta que a ação integrada de instituições é essencial para a implementação de intervenções públicas. “É necessária uma abordagem colaborativa que permita a troca de informações, experiências e conhecimentos, que podem levar a uma melhor compreensão dos fatores de risco associados aos acidentes de transporte terrestre no Amazonas”, enfatiza.

 

Cenário epidemiológico

O Boletim Epidemiológico da Mortalidade por acidentes de transporte terrestre no Amazonas, no período de 2018 a 2022, apresenta o registro de 2.070 óbitos por acidentes de transporte terrestre, o que representa 13,7% dos óbitos do Amazonas para o período notificados no Sistema de Informação de Mortalidade.

A análise destaca variação no número de óbitos por acidentes de transporte terrestre no Amazonas, saindo de 425 em 2018 para 437 em 2022. Na capital do estado, Manaus, o ano de maior número de óbitos por esse tipo de acidente foi em 2022, com 289 óbitos. E no interior do estado, o ano de 2018 apresentou maior número de óbitos por acidentes de transporte terrestre, com 166 óbitos.

O boletim destaca, ainda, que, em 2022, a predominância dos óbitos por acidentes de transporte terrestre é do sexo masculino com idade entre 20 e 49 anos. Metade (50,1%) dos óbitos foram de motociclistas, seguidos de pedestres (26,3%) e ocupantes de automóvel (12,1%). Os dias de maior ocorrência desse tipo de acidente foram sábados, domingos e segundas-feiras, sendo o domingo o dia de maior registro, com 98 óbitos.

 

Vida no Trânsito

Na FVS-RCP, a Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (Gvdant), no Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) da FVS-RCP, coordena o Programa Vida no Trânsito no Amazonas. A iniciativa é conduzida pelo Ministério da Saúde no âmbito nacional.

O objetivo do programa é reduzir lesões e mortes no trânsito, conforme proposto pela Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2021-2030), iniciativa mundial da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Programa Vida no Trânsito no Amazonas está em processo de expansão sendo implantado em 11 municípios do estado: Manaus, Manacapuru, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Tabatinga, Tefé, Maués, Coari, Humaitá e Parintins.

Charles Severiano:

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