MANAUS-AM| Utilizando contêineres frigoríficos e tendo por meses mais de 100 mortes por dia, Manaus foi a única cidade brasileira a enterrar as vítimas de covid-19 em valas comuns. Sem controle, a população amazonense foi a que mais sentiu o peso do colapso causado pelo vírus no sistema de saúde e funerário.
Por conta do grande aumento no número de sepultamentos, a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) teve que adotar o sistema de trincheiras para realizar o enterro das vítimas de Covid-19.
Com o sistema de saúde da rede pública do Amazonas sofrendo um colapso, 91% dos leitos de UTI estiveram ocupados e muitos morreram em corredores de hospitais.
Além dos problemas citados, a gestão do prefeito Arthur Neto (PSDB) foi ainda responsável por um salto no endividamento da Prefeitura de Manaus. Durante seus dois mandatos, foram contraídos R$ 2,2 bilhões em empréstimos. Os dois prefeitos anteriores, juntos, somam R$ 638 milhões em empréstimo.
Opositores também apontam o baixo investimento na ampliação da rede de atenção de saúde, o que pode ter sido uma das razões para o rápido colapso do sistema em abril.