MANAUS-AM| Cristiana Toscano, professora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás, alerta para o risco global que a variante existente em Manaus, pode causar. Como a única brasileira a particpar do Grupo Estratégico Internacional de Experts em Vacinas e Vacinação da Organização Mundial da Saúde (OMS), Toscano disse que uma reunião foi feita para tratar da variante que é uma das mais agressivas e com maior grau de infecção.
“Manaus tem o potencial para se tornar um risco global, além de estar enfrentando uma situação epidemiológica que representa um fiasco das ações de saúde pública local e nacional”, alertou a especialista.
A professora ainda comentou sobre a vacinação no estado do Amazonas, que deveria ser intensifica para frear o vírus, além comentar sobre as políticas nada eficazes para evitar que a nova variante fosse espalhada pelo brasil.
“No Brasil, não há vacinação intensificada em Manaus, não houve restrição de circulação de pessoas em Manaus ou nenhuma outra ação de saúde pública objetivando a contenção da nova variante. Nada. Então as pessoas entram e saem de Manaus e estão circulando no Brasil inteiro. A vacinação chegou a ser suspensa. Tudo o que não deveria ocorrer está ocorrendo”, advertiu.
“A demora na vacinação no Brasil e o vírus circulando é a pior situação que pode haver para prevenir novas variantes”, alertou. “Sabemos vacinar. Mas precisamos de mais doses, de coordenação nacional, de sistemas de informação e monitoramento funcionantes. É só fazer a matemática: teremos vacinas para os grupos de risco para o primeiro semestre”, disse. “Mas isso é apenas um terço para da população. Ou o Brasil vai atrás já por mais vacinas para o restante da população, ou vamos chegar em agosto com o grupo prioritário vacinado lentamente e o resto da população sem nada. O resultado poder ser o enfrentamento de mais uma nova variante e perspectivas mais longínquas para a superação da pandemia”, completou.