MANAUS – AM | Ciúmes e um amor não correspondido teriam sido a motivação da morte de Lucas Santos Brandão, de 19 anos, que foi atingido com um tiro no pescoço, desferido pelo cabo da Polícia Militar Daniel Lendell Oliveira, de 33 anos. A declaração foi feita por Luciano Brandão, pai de Lucas.
Luciano esteve na delegacia, na manhã deste sábado (03), e contestou a versão apresentada pela defesa do PM. Ele conta que Daniel e Lucas eram amigos e que a família já conhecia o temperamento do suspeito, que ficava alterado quando tomava bebidas alcoólicas. O pai de Lucas ainda informou que o suspeito seria homossexual e gostava do jovem a ponto de insistir em um relacionamento.
“Meu filho não queria mais nada com ele, mas havia insistência e o policial sempre fazia convites para os dois saírem juntos. O Lucas gostava de sair para se divertir, mas sem segundas intenções, porque gostava de mulher. Mas o Daniel queria insistir em um caso entre eles”, relatou o pai da vítima.
POLICIAL MUDA VERSÃO
Inicialmente, o suspeito informou à polícia que Lucas foi baleado por ocupantes de outro carro durante uma perseguição. Daniel contou que o Fiat Uno foi “fechado” por outro veículo do qual os ocupantes teriam atirado e Lucas ferido.
Mas para o advogado, Daniel contou que ocorreu uma luta corporal entre ele e a vítima fora do carro, quando aconteceu o disparo, de forma não explicada.
A Polícia Militar informou por meio de nota que Daniel Lendell foi afastado imediatamente de suas funções. Ele responderá um procedimento administrativo instaurado pela Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD) da corporação, e a partir de agora ficará à disposição da justiça.
Um Inquérito será instaurado pela Polícia Civil (PC), após o término a Polícia Militar tomará providências conforme a conclusão das investigações.