RIO DE JANEIRO (RJ) – A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um médico identificado como Lucas Magalhães Pombo, de 26 anos, que disse nas redes sociais ter oferecido suborno a um delegado. Nas publicações, ele diz ainda que se fosse preciso ia “comprar a delegacia inteira” para soltar os amigos, presos por posse de entorpecentes.
“Muitas pessoas vieram criticar, ‘ah porque você ofereceu suborno, mimimi mimiimimimi’. Mermão, o sistema tá errado, tá ligado?”, escreveu ele, na madrugada de sábado (16) para domingo (17).
Segundo Lucas, ele estaria indo resgatar três jovens e diz em outro post. “Fui em casa tomar café da manhã, delegado panguando para liberar os moleques. Ofereci R$ 15 mil, o cara não aceitou. Se contenta aí com teu salário de R$ 15 mil”.
Supostamente o suborno não deu certo e o médico disse que aumentou a quantia. “Tudo indica que os moleques vão passar a Páscoa na cadeia por causa de uma pedra de 35 de maconha. Aconteça o que acontecer, eu vou tirar vocês daí. Nem que eu compre essa delegacia. Acabei de oferecer R$ 50 mil pro maluco, no PIX. Continua com a tua ideologia da Polícia Militar do Rio. Morto de fome”, diz ele.
Mostrando arrogância e revolta, o médico mostra ainda uma pesquisa feita na internet, onde busca quanto ganha um delegado, e diz que o salário de uma autoridade policial é o mesmo que ele consegue ganhar em apenas uma semana.
Após as publicações, Lucas Magalhães parece arrependido do que falou e fala que está sendo ameaçado. “Galera, seguinte, eu tô ecebendo ameaça para c****** de policial. Bando de gente falando que vai me pegar de p******, que vai fazer isso, vai fazer aquilo. Só para avisar, quem tiver me ameaçando, estou printando e vou processar todo mundo. O papo tá dado”, alerta ele.
Em seguida, pede desculpas e diz que, inclusive, respeita o trabalho da Polícia Civil e que falou umas besteiras e que tudo era “brincadeira”. “Eu fiz algumas postagens no instagram completamente fantasiosas. Infelizmente, eu tenho recebido algumas ameaças. Nada passou de uma grande brincadeira, tá? Eu estava revoltado com a vida, eu quis me divertir, tipo, ser um pouco abusado aí, brincar. Mas, eu queria salientar aqui o meu respeito pela Polícia Civil, respeito por todos os profissionais de Segurança Pública, e queria pedir desculpas mais uma vez pela besteira que eu fiz. É isso”.
A Delegacia da Barra da Tijuca, no entanto, ao ter conhecimento do caso, informou que abriu um inquérito policial para apurar o caso. Os agentes vão investigar se a situação realmente aconteceu e se houve a tentativa de suborno. Se tiver acontecido, o mesmo deveria ter sido preso.