BRASIL –
Novos detalhes da prisão do médico André Lorscheitter Baptista, de 48 anos, preso em Canoas, perto Porto Alegre, por matar a esposa, revelam que ele planejou o crime.
A a enfermeira Patrícia Rosa dos Santos, de 41 anos, morreu após tomar o sorvete dado pelo marido. Conforme as investigações, após dar o sorvete envenenado à mulher, o médico aplicou nela uma medicação restrita que teria sido desviada do Sistema Único de Saúde (SUS).
O crime ocorreu no dia 22 de outubro, e o médico ainda ligou para a família avisando que eles estava morta. No boletim de ocorrência do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), diz que ela morreu de infarto.
Responsável pela investigação do caso, o delegado Rafael Pereira, do Departamento de Homicídios do Rio Grande do Sul, explica: “A principal hipótese é de que ele colocou zolpidem no sorvete. Ele induziu ela ao sono profundo e se aproveitou disso para injetar midazolam e sustrate nos pés da esposa”, explicou.
Os exames realizados pelo Instituto-Geral de Perícias revelaram a presença de medicamentos controlados no sangue da vítima, levantando suspeitas sobre a versão do médico.
O delegado Arthur Hermes Reguse, disse que André teria colocado Zolpidem no sorvete consumido por Patrícia. Depois de induzi-la ao sono, ele teria realizado punções venosas e administrado medicamentos de uso restrito hospitalar.
“A Polícia Civil mantém a investigação em andamento, com o intuito de coletar mais evidências e esclarecer todos os detalhes do caso”, declarou a instituição em nota. A prisão de André Lorscheitter Baptista levanta questões sérias sobre a dinâmica do relacionamento e o possível histórico de violência, além de chamar a atenção para a necessidade de medidas de proteção a mulheres em situações vulneráveis.