X

Médico nega atendimento a homem picado por escorpião e manda ele procurar outro hospital “O que eu tenho a ver se o senhor não tem carro?”

ADVERTISEMENT

São Paulo – O pintor Sebastião Nicomendes, após ser picado por um escorpião, na noite da última segunda-feira (23), procurou atendimento na unidade mais perto da casa dele, o Hospital do Servidor Público Municipal, na Zona Sul de São Paulo. Segundo o homem, o hospital em questão se recusou a atende-lo.

Ao chegar no local e esperar em média um hora, o homem foi informando de que o Hospital não poderia atendê-lo e foi orientado a buscar uma unidade especializada no Butantã, na Zona Oeste, a cerca de 14 km de distância. Na ocasião o homem informou que metro já estava fechado pois já era madrugada.

Sebastião, então, solicitou uma ambulância do hospital, para levá-lo até o local do atendimento adequado. Solicitação essa, que, foi negada. Segundo o plantonista a ambulância do local só poderia ser usada em casos de emergia e pediu para ele chamar o Samu.

O homem que percebeu que o médico estava nervoso resolveu gravar um vídeo no qual não parece o rosto do plantonista, somente a voz. No vídeo é possível escutar o diálogo dos dois.

“Como é que eu vou chegar no Butantã? Que eu tô com veneno no corpo como é que eu vou chegar no Butantã?”. Pergunta o paciente. Em resposta o médico diz: “O que eu tenho a ver com o problema social do senhor não ter um carro?”.

Após a ajuda ter sido negada no hospital, o homem foi até um batalhão de polícia próximo da unidade. Foi recebido pelo cabo Noeli Marconato. “Eu sabia da gravidade. Ele já estava com braço inchado e já estava reclamando que estava com alguns sintomas. Então o socorro foi imediato”, relata.

O homem foi encaminhado ao instituto Butantan, onde também não é realizado esse tipo de atendimento. E foi atendido no Vital Brasil, que é referência no tratamento de picadas venenosas. Sebastião foi alertado que poderia ter sido socorrido pelo primeiro médico que o atendeu. Bastava o plantonista ter entrado em contado com o unidade de referência que os transmites do deslocamento dele seriam resolvidas.

Em pronunciamento a Secretaria de Saúde disse que o o clínico geral que estava de plantão verificou que o paciente estava estável e que o local da picada não apresentava sinais de inflamação ou infecção, por isso não foi necessário acionar a remoção por ambulância.

Em nota a superintendência do hospital onde ocorreu o caso disse que vai apurar o postura do profissional e reorienta-lós diante desses casos.

Expressoam:

This website uses cookies.