MANAUS (AM) – O gastroenterologista Edson Ritta Honorato, preso no início de abril suspeito de favorecimento à prostituição de menores de idade, também é investigado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) pela morte de dois pacientes. Um deles morreu no mesmo dia em que o médico foi preso.
Uma delas é a jornalista Melina Seixas, irmã do prefeito de Barreirinha, ocorrida no dia 5 de fevereiro. Ela havia ido à Endogastro, clínica do profissional, para colocar um balão gástrico.
Segundo familiares da jornalista, Edson não pediu exames de risco cirúrgico e não deu o suporte necessário. Eles só souberam que algo estava errado quando viram o Samu chegando e fazendo a transferência de Melina.
O marido da vítima disse que a encontrou no chão de uma das salas de procedimento, já com os lábios e rosto roxos. Ela chegou a ser levada ao Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, mas sofreu várias paradas cardíacas e não resistiu.
Dois meses depois, Alan Leite Braga, de 68 anos, morreu durante o mesmo procedimento de Melina. O irmão disse que Alan passou mal, vomitou e sentiu dores ainda na recepção da clínica, mas o médico apenas receitou remédio para pressão e o orientou a ir para casa.
Dias depois a situação da vítima piorou, ele voltou à clínica para retirada do balão, mas segundo o irmão, Edson se recusou. O fato ocorreu no dia 5 de abril, no mesmo dia em que foi preso por favorecimento à prostituição.
Alan morreu no mesmo dia, após sofrer uma parada cardíaca e ser internado em um hospital. Familiares de ambas as vítimas acusam o médico de erro médico e negligência e dizem que ele continua atendendo na clínica.
Um dia após a prisão, ele foi solto pela Justiça. O Conselho Regional de Medicina e a Polícia Civil ainda não se manifestaram sobre os casos.