MANAUS (AM) – Paloam Cardoso Nôvo, primo de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Garantido, esteve no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), na Praça 14, Zona Sul de Manaus, para prestar depoimento à polícia. O médico é quem aparece em áudios acusando a empresária e o irmão, Ademar Cardoso, e a tia, Cleusimar Cardoso, de terem responsabilidade na morte da avó dele.
O fato ocorreu no dia 29 de junho de 2023 e o material é daquela época, mas a divulgação só ocorreu após a morte de Djidja, no dia 28 de maio deste ano. Maria Venina de Jesus, de 82 anos, morreu em Parintins, no interior do Amazonas, e a família estava lá por conta do Festival Folclórico de Parintins. A suspeita de Paloam, nos áudios, é que ela tivesse sido drogada.
“Vocês estavam dando droga para a minha avó, uma mulher de 82 anos, com hipertireoidismo, arritmias, osteroporose, depressão. Cleusimar, ou você é muito burra ou o seu vício, a sua droga, é maior do que o amor pela sua mãe”, diz ele, citando além dos primos, a tia, Cleusimar, filha de Maria Venina.
Muito revoltado, o médico cita ainda Bruno, ex-namorado da sinhazinha. Apesar de serem da mesma família, ele demonstra não ter intimidade e nem conhecê-lo, mas sabe que Maria supostamente teria recebido uma dose de anabolizante.
“Eu estou perguntando de vocês três (Djidja, Cleusimar e Ademar), quem autorizou a aplicação de Deca Durabolin de nandrolona na minha avó? Porque eu sou médico e sei o que estou falando. Quem é Bruno? Em que momento ele entrou na minha família e fez isso? Porque me falaram que foi ele que aplicou”, diz ele.
A morte da idosa não era investigada, já que teria sido morte natural. Com a morte da neta e a divulgação das mídias, a PC-AM passou a investigar a morte de Maria também. Djidja, Ademar e a mãe, Cleusimar, faziam parte de uma seita chamada “Pai, Mãe, Vida” onde a Cetamina era usada para fins terapêuticos e espirituais.
O delegado Cícero Túlio, responsável pela investigação sobre a seita, o tráfico de Cetamina e outros crimes envolvendo a família não deu detalhes sobre o depoimento de Paloam, mas informou que conversou com o médico sobre como era o relacionamento da família. Sobre a morte da avó, informou que a mesma é investigada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Saiba mais:
Além da morte de Djidja Cardoso, PC-AM investiga se a avó também morreu ao ser drogada pela família