MANAUS – AM | Na noite desta quinta-feira (10), a jovem universitária Bianca Alves, de 21 anos, usou as redes sociais para denunciar um grave caso de importunação sexual e assédio contra seu chefe, o médico veterinário Pedro Monteiro da Silva Junior.
O caso ocorreu na clínica na qual Pedro é funcionário e proprietário, o Centro Médico Veterinário Manoa, localizado no bairro Cidade Nova, zona Norte da cidade.
Segundo o relato da estudante, ela chegou para o seu primeiro plantão na clínica e, devido à pouca movimentação, os dois começaram a conversar assuntos aleatórios. Até que o acusado começou a tocar em assuntos de cunho sexual, chegando a admitir que fazia sexo “loucamente” com outra funcionária enquanto sua esposa estava ausente.
Bianca disse, na publicação, que expor a situação era “constrangedor e humilhante, porém necessário. “Nunca imaginei passar por isso, de alguém se sentir no direito de me violar em troca de míseros mil reais”, desabafou a vítima.
Através do Instagram, o Centro Médico Veterinário publicou uma nota afirmando que “repudia totalmente qualquer tipo de assédio contra a mulher e que lamenta os casos relatados nas redes sociais”. A mesma nota afirma que o funcionário em questão foi desligado da empresa.
O caso foi registrado no 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP). O caso será encaminhado à Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM).
MÉDICO NEGA ACUSAÇÕES
O médico veterinário Pedro Monteiro da Silva Júnior, por intermédio de seu advogado, negou as acusações de assédio. Em um documento emitido pela defesa, Pedro afirma que há vídeos, áudios e imagens que comprovam uma relação amigável entre a universitária e sua esposa, e que “a relação mantida era de intimidade sem qualquer denotação de abuso sexual, às vezes com brincadeiras que que podem ter sido mal interpretadas pela suposta vítima”.
O acusado também afirma que “jamais se masturbou, beijou ou tocou a suposta vítima. De fato, em exclusivo e único sentido de brincadeira, disse para suposta vítima que dava dinheiro para que ela ficasse com homens, considerando que ela afirmou ao Requerente que não gosta de homens, e, que, as mulheres lhe entendiam bem melhor! Apenas isto que ocorreu. Ademais, estavam na Clínica Veterinária no dia do fato 03 (três) pessoas, a saber: uma médica veterinária, um auxiliar veterinário e o auxiliar de serviços gerais. Além disso, as salas possuem divisórias de vidro com acesso à todos que ali trabalham. Não pode o Requerente admitir a violação continuada aos direitos fundamentais inerentes à sua personalidade por uma brincadeira, podendo ser admitida até de mau-gosto, o que, de longe, não pode ser aceita como tentativa de estupro ou assédio sexual”.
O médico ressaltou ainda que não é proprietário do empreendimento e que foi desligado da empresa.
ATUALIZAÇÃO! Na matéria inicial, foi escrito que nossa equipe tentou contato com o acuso e não obteve resposta. No entanto, o mesmo nos respondeu, juntamente com seu advogado de defesa, apresentando o documento descrito acima.
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