Manaus – Uma menina de 14 anos tentou se matar recentemente após inalar bastante cola. O motivo da tentativa de suicídio é de que a mesma não aguentava mais ser estuprada pelo padrasto, de 31 anos. Na manhã desta quinta-feira (11), o suspeito foi preso por policiais da Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca).
De acordo com a delegada Juliana Tuma, titular da Depca, a vítima relatou em depoimento que sofria os abusos desde quando tinha 10 anos de idade. Ela não denunciava o crime por medo de ser morta, uma vez que o padrasto a ameaçava. A jovem também não podia contar com a ajuda da mãe, pois a mesma sabia dos abusos e também a intimidava.
Segundo Tuma, o único jeito que a vítima encontrou de pedir ajuda foi escrevendo uma carta. “Ela escreveu essa carta e levou pra escola. No colégio, ela foi até a diretora e disse que tinha algo para entregar a ela, mas que estava com muita vergonha”, revelou. Em seguida, o Conselho Tutelar da Zona Norte foi acionado e o caso foi denunciado. “A equipe recebeu a denúncia e fomos investigar”, disse.
O suspeito, um serralheiro, foi preso dentro de casa, no bairro Lago Azul, na Zona Norte de Manaus. No momento em que a polícia chegou ao local, ele tentou se esconder no banheiro, mas sem sucesso.
Os policiais encontraram dentro da casa um rifle e uma espingarda, além de uma arma caseira. Por conta disso, o serralheiro foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
Na delegacia, o suspeito negou os crimes praticados contra a enteada. Porém, a delegada possui muitas provas que contradizem a versão do suspeito. “O irmão dela, de 12 anos, afirmou que já havia presenciado o padrasto fazendo sexo com a irmã. Ele também disse que o padrasto os ameaçava e dizia que iria matá-los caso falassem algo, tanto que ele usava uma palmatória de madeira grossa para bater na mão dos dois”, detalhou.
A delegada informou que o suspeito é bastante agressivo. Além do padrasto, a mãe da vítima, que não teve a idade revelada, também será indiciada pelo crime de estupro de vulnerável na forma omissiva, uma vez que sabia dos casos e não denunciava. “Ela sabia e até não deixava a filha contar”, disse Tuma.
Com informações Portal Acrítica.