RIO DE JANEIRO| Na tarde deste domingo (25), o corpo da menina Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, foi sepultado no Cemitério Municipal de Engenheiro Pedreira, em Japeri, região metropolitana do Rio, após passar cinco dias em coma, devido a sessão de tortura que sofreu da mãe e da madrasta.
O delegado Marcelo Nunes, responsável pelas investigações no município de Porto Real, no interior do Rio de Janeiro, disse em entrevista à Folha que a garota “sofreu violência por mais de três dias, desde sexta (16) até a madrugada de segunda (19), até agonizar e ir para o hospital, ainda viva”.
Ainda de acordo com a polícia, nesse período, a menina não foi devidamente alimentada, recebeu socos, empurrões, pisões, pontapés e sofreu lesões provocadas por um fio de TV, que foi usado como chicote. O fio foi apreendido como instrumento do crime.
Gilmara de Farias, de 28 anos, e a companheira, Brena Luane Nunes, de 25, foram presas preventivamente. Elas moravam juntas desde julho do ano passado e, segundo a polícia, confessaram as agressões e serão autuadas por tortura.
Como Ketelen morreu, a pena prevista na lei que define os crimes de tortura é de 8 a 16 anos de prisão. A punição também pode ser ampliada de um sexto até um terço se a violência é cometida contra criança, gestante, pessoa com deficiência, adolescente ou idoso. O caso segue sob investigação.
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