SÃO PAULO | A pequena Yasmin, de 9 anos, mora com o pai em Ferraz de Vasconcelos (SP). No dia 17 de julho, ela foi levada por Flávio, em um salão próximo a sua casa, para fazer uma hidratação em seu cabelo cacheado. No entanto, segundo o pai, o resultado não saiu como o esperado.
“Como conhecia e confiava na cabeleireira, deixei minha filha no salão, mas quando eu voltei ela estava fazendo progressiva na Yasmin, sem a minha autorização. Cheguei a perguntar se daria problema, mas ela disse que era uma progressiva orgânica”, relatou o pai, que não entende muito de procedimentos capilares.
Dois dias do procedimento, Yasmin começou a ter coceira no cabelo e depois começou a vomitar, além de ficar com o olho inchado. O pai então decidiu levá-la a um posto de saúde, onde a menina foi diagnosticada, a princípio, com uma alergia leve e voltou para a casa. Porém, dias depois, seu estado clínico piorou. “Ela não abria nem os olhos”, lembra o pai.
Após ir novamente ao hospital, a pequena precisou ficar internada e foi medicada com antialérgicos e antibióticos. Depois de 12 dias, ela ainda não melhorou e precisou raspar o cabelo para drenar o líquido em sua cabeça, já que ela teve uma infecção grave.
A família suspeita que a cabeleireira tenha usado formol no procedimento. No entanto, segundo o pai, a profissional nega ter usado a substância proibida pela Anvisa para fazer alisamento capilar. O encarregado de manutenção ressalta que a filha só teve contato com o produto usado no salão.
A saúde da menina já está recuperando, mas o psicológico ainda está muito abalado. “Fizemos uma vaquinha para ajudar a comprar uma peruca para ela”, afirma o pai. Agora, a família já está colhendo os documentos para entrar com um processo contra o salão.