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Militares de Roraima vão atuar na reordenação de refugiados venezuelanos em Manaus

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Manaus – Um grupo de militares que integra a Operação Acolhida em Roraima está no Amazonas para atuar na reordenação de refugiados venezuelanos no entorno da rodoviária de Manaus. Esta será a primeira medida após a visita da comitiva do Governo do Amazonas, representada por membros das secretarias de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e Assistência Social (Seas) e da Casa Militar, para conhecer as instalações de acolhimento aos migrantes na ação do Governo Federal, por meio do Ministério da Defesa, sob o comando do coordenador operacional da Força-Tarefa Logística Humanitária de Roraima, general Eduardo Pazuello.

Segundo a titular da Sejusc, Caroline Braz, trata-se de um trabalho integrado entre Forças Armadas, estado, município, e agências internacionais como Organização Internacional para as Migrações (OIM), Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Ela explica que, neste primeiro momento, a proposta é organizar a área da rodoviária, criar um posto de triagem e informação, banheiros e lavanderia, para que este público seja atendido.

“Uma comitiva, com dez militares, vai iniciar os trabalhos em Manaus, com a prospecção de imóveis, além de organizar para a Operação Acolhida atuar no estado”, afirma a titular da pasta de Justiça. “O foco não será mais o abrigamento, e sim albergues para passar a noite e com maleiro para deixar os pertences enquanto a pessoa busca emprego durante o dia. Neste sentido, as agências vão ter papel fundamental no processo de interiorização, uma vez que o Amazonas não vai mais receber interiorizados de Roraima e, sim, encaminhar para o resto do país”.

Visita – Conforme Caroline Braz, em Boa Vista, a comitiva visitou o abrigo Rondon 3, o maior da América Latina para refugiados. A capital de Roraima, segundo ela, conta com 11 abrigos para os refugiados, tanto indígenas quanto venezuelanos comuns, enquanto em Pacaraima há um abrigo indígena e um alojamento para os migrantes que chegam e recebem o atendimento inicial.

Fotos: Divulgação/Sejusc

“Conhecemos toda a estrutura e a avaliação da visita é positiva, pois verificamos que a Operação Acolhida conseguiu realmente organizar o entorno da rodoviária, e as pessoas são atendidas com dignidade, resolvendo as necessidades básicas como alimentação, local para tomar banho e dormir”, comenta a secretária. “Para o Amazonas, vai ser muito importante, porque vamos fazer todo o reordenamento da rodoviária”.

Acordo – No último dia 20 de maio, a comitiva do general Eduardo Pazuello esteve em Manaus, em reunião com o governador Wilson Lima, para apresentar o Programa de Interiorização de Venezuelanos, que completou um ano em abril, e levou mais de 5 mil venezuelanos para 67 cidades brasileiras.

Manaus foi um dos locais que recebeu migrantes por meio do programa de interiorização do Governo Federal. Foram estabelecidas quatro modalidades de interiorização: encaminhamento para abrigos na cidade de destino, viagem já com vaga de trabalho definida, reunião familiar e sociedade civil.

Operação Acolhida – A Operação Acolhida é liderada pelo Ministério da Defesa, com a colaboração de órgãos estaduais e municipais, que entram com o apoio às ações do Ministério, com fornecimento de refeições, prestação de serviços de saúde, expedição de documentos e encaminhamento para os abrigos aos refugiados que queiram se fixar no Brasil.

Atualmente, são 80 pessoas, entre representantes do Governo Federal, estado e município, envolvidos nas ações da operação, que foi lançada em Roraima em 2018.

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