Brasília – O ministro Alexandre de Moraes do STF (Superior Tribunal Federal) defendeu nesta 2ª feira (17.ju.2019) que os responsáveis pelo vazamento das mensagens entre o ex-juiz federal e atual ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e o procurador Deltan Dallagnol sejam presos. A declaração foi feita antes de Moraes palestrar em evento promovido pela BandNews.
No dia 9 de junho, o site The Intercept divulgou uma série de reportagens que mostram uma troca de mensagens entre Moro, que, à época, era juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, e Dallangnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, sobre a operação. Nas conversas, Moro orienta o trabalho do MPF (Ministério Público Federal).
Na última 6ª feira (14.jun), o site divulgou novas conversas entre Moro e integrantes da força-tarefa.
“No atual momento temos que, primeiro, rapidamente apurar e prender os criminosos que invadiram comunicações de agentes públicos, colocando em risco a própria segurança dessas pessoas. Em um segundo momento, a partir do conjunto das informações, poderemos tirar algumas conclusões”, afirmou o ministro.
Moraes disse ainda que o vazamento não retira “de forma alguma” a “importância histórica” da Operação Lava Jato e que é preciso aguardar as investigações sobre o caso para “verificar o conteúdo geral das mensagens”.
Na última 5ª feira (13.jun), o também ministro do STF Gilmar Mendes comentou o vazamento das conversas. Em entrevista à revista Época, Gilmar avaliou que a troca de mensagens pode anular a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex no Guarujá (SP).
“Eu acho, por exemplo, que, na condenação do Lula, eles anularam a condenação”, avaliou Mendes, identificando que o conteúdo revelado mostra que houve interferência de Moro e Dallagnol no andamento da Lava Jato.
Com informações Poder360