Manaus – O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, disse ao governador do Amazonas, José Melo, que a Força Nacional está à disposição do Estado após a rebelião no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus, que terminou, nesta segunda-feira (2), com a morte de 60 presos.
Em nota, Moraes disse que também poderá realizar a transferência de presos do Compaj para presídios federais, caso o governo estadual solicite.
Segundo o ministro, Melo informou que irá utilizar R$ 44,7 milhões do repasse que o Fundo Penitenciário do Amazonas recebeu do Funpen (Fundo Penitenciário Nacional) na última quinta-feira (29) para sanar os problemas.
A rebelião
O secretário de Segurança Pública de Amazonas, Sérgio Fontes, atribuiu o problema a uma guerra entre facções rivais pelo controle de tráfico de entorpecentes em Manaus. A facção conhecida como FDN (Família do Norte) teria atacado membros do PCC (Primeiro Comando da Capital).
“Na negociação, os presos exigiram praticamente nada. Apenas que não houvesse excessos na entrada da PM, coisas que não iriam ocorrer mesmo. O que acreditamos é que eles já haviam feito o que queriam, que era matar essa quantidade de membros da organização rival e a garantia que não seriam agredidos pela polícia. A FDN massacrou os supostos integrantes do PCC e outros supostos desafetos que tinham naquele momento. Não houve contrapartida da outra facção”, afirmou o secretário.
Ele afirmou que o episódio é mais um capítulo do problema que é nacional e deve ser enfrentado pelo governo federal em apoio aos Estados que vem registrando esse tipo de rebelião.
“Infelizmente, isso não é só nosso. Talvez um número um pouco maior que nos outros Estados. Mas ocorreu recentemente em outros presídios do Acre, Rondônia, Roraima, Acre Estados no nordeste. Exige uma medida de caráter nacional. Para tratar juntos desse problema”.
Com informações UOL.