São Paulo – Veterano da comédia. Mais de 50 filmes na carreira. Morre Jerry Lewis, o “rei da comédia”, como ele era chamado, neste domingo, 20. E o mundo fica mais sem graça.
As informações sobre a morte foram confirmadas pelo agente de Lewis, Candi Cazau. Ainda não há detalhes sobre a causa da morte. Pelo Twitter, contudo, familiares afirmaram que ele faleceu de “de causas naturais” e com os “familiares por perto”.
Morador de Las Vegas há muito tempo, Lewis tem sido abalado por muitos anos com várias doenças, incluindo ataques cardíacos, problemas pulmonares e dor crônica nas costas. Foi submetido a uma cirurgia no coração em 1983, tratou um câncer em 1992. Em 2006 sofreu um ataque do coração e, recentemente, ele controlava com remédios uma doença respiratória crônica.
Lewis ficou famoso na década de 1950 como um artista de comédia em clubes noturnos, na televisão e no cinema. Lewis estrelou mais de 45 filmes em uma carreira que abrange cinco décadas.
O estrelato foi alcançado durante os anos 1950, quando formou dupla com Dean Martin. Ao longo de dez anos, de 1946 a 1956, usaram-se mutualmente, no bom sentido. Lewis usava o galã Martin como escada. Suas piadas iam longe. O parceiro, por sua vez, ganhava seu destaque, com o rosto bonito e voz aveludada.
Ao se separar de Martin, Lewis foi desafiado. Queriam saber para qual caminho seguiria o humorista. E ele passou a ter mais controle sobre suas obras. Produzia, dirigia, protagonizava seus filmes. Na safra posterior à parceria, vieram clássicos como O Terror das Mulheres, de 1961, e O Professor Aloprado, de 1963.
Fãs pelo mundo – principalmente na França, país no qual a crítica especializada o venerava -, descobriam o talento de Lewis. Seu humor não prendia ao físico e às caretas, embora fosse evidente o seu talento para isso.
Biografias não autorizadas gastaram páginas e mais páginas para citar ocasiões nas quais o ego de Jerry Lewis atingia níveis astronômicos. De pouco em pouco, isso o afastou do showbizz. Era inevitável. O sério Qual É o Caminho do Front?, de 1970, foi um equívoco e o distanciou o público.
O retorno se deu aos poucos, já na década seguinte. A produção não teve o mesmo fôlego, mas até o fim da vida, Lewis fazia aquilo que mais sabia: provocar o riso. Mesmo que com respostas rabugentas diante de entrevistas com repórteres despreparados.
Com informações O Estado de S. Paulo