Manaus – Aos 58 anos faleceu na madrugada desta sexta –feira 27, às 2h15, em Rio Branco no Acre (Ac) o ex-deputado estadual Antônio Cordeiro, vítima de um câncer, as informações foram confirmadas pelo filho da vítima, ele que teve o mandato cassado 2004 após ser alvo da Operação Albatroz, ele será enterrado ás 15h, na capital do Acre, onde reside sua família.
Segundo o filho a família lutará, para que o nome do pai seja limpo, ”Colocaram nele uma culpa que ele não tinha, ele nunca fez parte disso”, afirmou Tony Cordeiro. Ainda segundo o filho do ex-parlamentar ele havia feito uma viagem à São Paulo e também teria ido para fora do país, mas por falta de dinheiro ele não conseguiu um resultado relevante para o tratamento da doença.
De acordo com Tony, Cordeiro vinha se sentindo mal e quis ir para Rio Branco, onde os pais dele residem, na última segunda-feira. “Ele sempre dizia que não queria ser enterrado nessa cidade (Manaus)”, afirmou o filho do ex-deputado, ressaltando que o pai sempre foi um apaixonado pela vida. “Ele lutou até o fim. Ele estava sofrendo muito, então para gente, apesar da tristeza grande, fica também um alívio pelo fim do sofrimento”.
Operação Albatroz
Em setembro de 2013, o ex-deputado Antônio do Nascimento Cordeiro foi condenado a 36 anos de reclusão pelo crime de continuidade delitiva. A esposa dele na época, Edineia de Alencar, foi condenada a 31 anos de reclusão por continuidade delitiva e formação de quadrilha.
O casal foi preso em abril de 2008 por decreto do juiz da 2ª Vara da Justiça Federal, Ricardo Sales. Cinco dias depois, os dois foram libertados por determinação da 3ª Turma de desembargadores do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília.
A Operação Albatroz, comandada pela Polícia Federal, foi deflagrada no dia 11 de agosto de 2004 e investigou o desvio de R$ 500 milhões dos cofres públicos do Amazonas, por meio de licitações fraudulentas que envolviam empresas fictícias.
Na ocasião da operação, 20 pessoas foram presas. Durante as investigações do caso, Cordeiro foi apontado como chefe da quadrilha e teve o mandato cassado pela Assembleia Legislativa do Amazonas por quebra de decoro parlamentar. Na casa dele, foram apreendidos R$ 600 mil em dinheiro e mais um título ao portador no valor de R$ 1,5 milhão.
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