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    Categories: Saúde

Mortes por AIDS no Amazonas crescem 8,5% e preocupam autoridades

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AMAZONAS –  A infecção pelo HIV e a aids ainda são problemas de saúde pública no país. Comparando os anos de 2020 e 2022, o número de casos de infecção pelo HIV aumentou 17,2% no Brasil. E no Amazonas, os dados são alarmantes.

Nos últimos dez anos, o Amazonas registrou aumento de 8,5% no coeficiente de mortalidade por aids, que passou de 6,4 para 6,9 óbitos por 100 mil habitantes.

Em 2022, o estado registrou 322 óbitos tendo o HIV ou a aids como causa básica, 47,7% mais que os 218 óbitos registrados em 2012. Entre as capitais do país, Manaus registrou 12,4 mortes para cada 100 mil habitantes  –número maior que à taxa nacional. As informações são do Boletim Epidemiológico sobre HIV/aids apresentado pelo Ministério da Saúde, que também aponta taxa de detecção de aids em Amazonas de 32,3 casos por 100 mil habitantes. Manaus detectou 54,1 casos.

Os estados líderes nesse índice são Roraima (34,5), Amazonas (32,3), Pará (26,3), Santa Catarina (25,3) e Amapá (25,0). A média nacional dessa taxa é 17,1.

Os registros de HIV e aids apresentaram crescimento preocupante nos últimos anos no Brasil, e a falta de ações de conscientização e prevenção foi um dos fatores determinantes para esse resultado.

No Amazonas, entre 2007 e 2010 foram registrados 286 casos, em contrapartida, em 2021, a incidência foi de 1.547 ocorrências da infecção. O ano com mais registros de HIV no estado do Amazonas foi em 2018, com 1.708 ocorrências.

Em toda a região Norte os maiores registros foram apresentados em 2021, com 5.494 novas ocorrências. Ainda em relação ao HIV, de 2007 até junho de 2022, em todo o Brasil, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 434.803 casos, sendo diagnosticados 40.880 novos casos em 2021.

Embora se observe uma diminuição de casos nos últimos anos, o Ministério da Saúde ressalta que parte dessa redução pode estar relacionada à subnotificação, principalmente no ano de 2020, devido à pandemia de Covid-19.

Nacionalmente, entre 1980 até junho de 2022, já foram detectados 1.088.536 casos de aids.  Todos os dados estão disponíveis no Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, do Ministério da Saúde.

Prevenção

O vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o causador da aids (síndrome da imunodeficiência adquirida) que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Quando não tratada, a aids pode levar à morte.

O uso da camisinha interna ou externa, em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), do HIV/Aids e das hepatites virais B e C. Além disso, as mães infectadas pelo vírus devem usar antirretrovirais durante a gestação para prevenir a transmissão vertical e evitar amamentar seus filhos.

Charles Severiano:

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