Brasília – DF| João Luiz Batista Júnior, 39, construiu a própria cabine para transportar, com segurança, usuários dos aplicativos. Ele informou que comprou um material de policarbonato próprio para blindagem e, com a ajuda de um amigo, elaborou o projeto e recortou a estrutura de acordo com os moldes do veículo.
Em cerca de um mês, João estreou o aparato. “O blindado passa entre o banco do motorista e do passageiro, e atrás do banco do motorista”, explicou. O isolamento não atrapalha a conversa no veículo.
“Não é uma proteção contra quem está do lado de fora, mas contra o próprio passageiro.” disse o motorista.
Segundo informaçõoes de João, a cabine custou cerca de R$ 3 mil reais, gasto que, para ele, foi um investimento. “O material veio de São Paulo e, do jeito que foi montado, não perdi o banco do passageiro da frente, não afetei o airbag e nem a marcha.”
O motorista relatou que, além da própria sensação de segurança, a cabine tem chamado a atenção de quem solicita a corrida. “A galera se amarra, compartilha minha viagem e diz que tinha que ter em todos carros. Elas também se sentem mais seguras.”
Ele instalou o aparato em novembro do ano passado, após ler notícias de mortes de motoristas de aplicativo.
“Um menino foi morto em Samambaia e, em menos de 48 horas, morreu outro em Águas Claras. Tudo nas regiões onde eu trabalho”, contou. “Então, resolvi me blindar. Se não, essa turma que quer fazer o mal não vai me deixar trabalhar.”