RIO DE JANEIRO | Um motorista de ônibus foi agredido com ao menos 5 socos por um homem de 18 anos, enquanto exercia seu trabalho no Rio de Janeiro. Luiz Carlos Almir Ribeiro, 69, conduzia o veículo do transporte público, que se envolveu em um acidente com o carro de Leonardo Costa.
O caso aconteceu no Méier, ontem pela manhã. Segundo a vítima, Leonardo usou um soco inglês no momento das agressões. O caso foi registrado na delegacia da região como lesão corporal grave. Imagens do circuito interno do ônibus mostram a agressão.
Eram 7h37 quando o ônibus conduzido por Luiz Carlos Ribeiro passava pela rua Rio Grande do Sul. Em depoimento na delegacia, ao qual o UOL teve acesso, o motorista conta que parou para deixar dois carros passarem e, quando começou a andar, um terceiro veículo forçou passagem, mas não conseguiu.
“Eu só senti quando o ônibus balançou. Eu fiquei procurando, porque estava em ponto cego, aí eu dei uma ré para liberar, ele jogou o carro pra frente e veio. Eu abri a porta, porque é uma regra da empresa, para podermos conversar, mas ele já subiu me socando. O primeiro foi tão forte que eu bati na lateral do ônibus. Quando foi o segundo eu tentei me proteger [com o braço]”, contou o motorista, emocionado.
Com mais de 10 pontos no rosto, Luiz Carlos Ribeiro chora ao pensar na possibilidade de parar de trabalhar, por medo. “Ele fugiu depois de me agredir. Os passageiros me ajudaram e me levaram para a clínica. Em 22 anos nessa empresa nunca passei por isso. No momento senti medo, pensei em parar de trabalhar. Eu só chorava. Meus filhos já pediram para eu parar, eu vou pensar, eu amo muito ser motorista”, relatou.
Ao chegar à delegacia, no final da manhã de hoje, Leonardo não negou a agressão ao idoso, mas insinuou que teria revidado alguma atitude da vítima.
Agressor foi autuado em 2019 Segundo a Polícia Civil, Leonardo Costa, em 2019, foi autuado por agredir o vizinho com socos no rosto. “Demonstra, em tese, que ele tem um perfil violento e se comporta, em algumas situações, como quem quer fazer justiça com as próprias mãos”, destacou o delegado Deoclecio Francisco de Assis.